Itaú Unibanco (Luísa Melo/Exame.com)
Da Redação
Publicado em 5 de outubro de 2015 às 21h42.
O Itaú Unibanco Holding SA, maior banco latino-americano em valor de mercado, pretende vender parte de sua carteira de empréstimos inadimplentes com um valor nominal de até R$ 3 bilhões (US$ 760 milhões), segundo três fontes que foram abordadas para comprar as dívidas.
Os empréstimos fazem parte da carteira de crédito corporativo do Itaú, disseram as fontes, que pediram anonimato porque não estão autorizadas a falar sobre o assunto.
O banco com sede em São Paulo está usando a PricewaterhouseCoopers como assessora financeira da venda e espera concluí-la até o fim do ano, disseram as fontes.
A assessoria de imprensa do Itaú preferiu não comentar.
O total de novos empréstimos no Brasil caiu 1,4 por cento no acumulado do ano até agosto em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo o Banco Central, em um momento em que as projeções apontam para a mais longa recessão do país desde a Grande Depressão.
As dívidas familiares como porção da renda disponível caíram para 45,8 por cento em junho, maior baixa em um ano, segundo os dados mais recentes divulgados pelo BC.
O BNDES também contratou a PricewaterhouseCoopers para vender até R$ 6 bilhões em empréstimos de liquidação duvidosa, pelo valor nominal, e o processo está ainda em estágio inicial, disseram as fontes.
O Banco Bradesco SA teria vendido R$ 600 milhões em créditos automotivos de liquidação duvidosa neste ano, disseram as fontes.
A assessoria de imprensa do BNDES disse que não existe um cronograma que defina quando o banco venderá parte de sua carteira de empréstimos inadimplentes.
A assessoria de imprensa da PricewaterhouseCoopers disse que a empresa não podia comentar casos individuais de clientes.