O ministro da Economia da Itália, Fabrizio Saccomanni, durante reunião com imprensa internacional, em Roma (Alessandro Bianchi/Reuters)
Da Redação
Publicado em 7 de setembro de 2013 às 11h24.
Cernobbio - O ministro da Economia da Itália, Fabrizio Saccomanni, disse neste sábado que o país não pode se dar ao luxo de entrar no segundo semestre de 2014 com um procedimento de déficit excessivo da União Europeia. A Itália assumirá a presidência rotativa da UE no período.
O bloco lança o chamado Procedimento de Déficit Excessivo contra um Estado membro que ultrapassa um teto de déficit orçamental. A Comissão Europeia liberou a Itália do procedimento, que envolve fiscalização intensificada, no final de maio após empresas do país começarem a mostrar sinais de recuperação.
"Uma crise de governo... poderia ter como seu primeiro impacto um alargamento do spread, que por sua vez irá desacelerar o crescimento", disse Saccomanni, em uma entrevista à rede de TV Sky TG 24, durante conferência em Cernobbio, na Itália. Com mais tensões no mercado de títulos públicos, Saccomanni disse que seria mais difícil respeitar o limite de 3% para a relação dívida/PIB da União Europeia. "Não podemos nos dar ao luxo de chegar à presidência europeia com um procedimento por déficit excessivo. Pelo menos, eu não estou disposto a contribuir para isso", disse ele.
A frágil coalizão de governo da Itália está em risco de colapso após Silvio Berlusconi, líder do partido de centro-direita PDL, que apoia o governo de Itália, perdeu o último recurso contra a condenação por fraude fiscal em agosto. Berlusconi nega qualquer irregularidade. Fonte: Dow Jones Newswires.