Monti admitiu que as reformas, afetando setores que vão de bancos a farmácias e de cartórios a taxistas, devem enfrentar resistência (Mario Tama/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 21 de janeiro de 2012 às 07h41.
São Paulo - O gabinete italiano aprovou nesta sexta-feira um projeto que desregulamenta algumas profissões e setores de serviços, num esforço para melhorar a competitividade do país, reduzir custos ao consumidor e estimular o crescimento na terceira maior economia da zona do euro.
"Adotamos um pacote de reformas estruturais para ajudar o crescimento", disse o primeiro-ministro, Mario Monti, após oito horas de reunião ministerial. "Mais concorrência significa mais chance para os jovens, e menos para os aluguéis e os privilégios."
A Itália está na linha de frente da crise na zona do euro e Monti tem pressa em convencer os mercados de que a economia, rígida e pesada, pode ser reformada, mesmo que alguns analistas questionem o potencial dessas micromedidas para gerar crescimento.
Monti admitiu que as reformas, afetando setores que vão de bancos a farmácias e de cartórios a taxistas, devem enfrentar resistência, porque "muita gente prefere o status quo em vez de enfrentar novos desafios".
Os taxistas e advogados já anunciaram greves contra as medidas, que entram em vigor imediatamente, mas serão revogadas se não forem aprovadas pelo Parlamento dentro de 60 dias.
O pacote inclui a abolição das tarifas mínimas para todos os serviços profissionais, a emissão de 5.000 novas licenças para farmácias e a criação de uma autoridade responsável por gerir redes de energia e infraestrutura.