Economia

Itália bate novo recorde de desemprego em fevereiro

O índice chegou a 9,3% em fevereiro, dois décimos a mais que janeiro (9,1%)

O primeiro-ministro italiano, Mario Monti: a cifra mais alarmante é a do desemprego juvenil (Ed Jones/AFP)

O primeiro-ministro italiano, Mario Monti: a cifra mais alarmante é a do desemprego juvenil (Ed Jones/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2012 às 16h08.

Milão - A Itália bateu um novo recorde de desemprego ao elevar o índice em fevereiro a 9,3%, dois décimos a mais que janeiro (9,1%), sendo que o país se encontra em recessão desde o final de 2011, de acordo com dados provisórios do Instituto Nacional de Estatística (Istat).

Trata-se da cifra mais alta já registrada desde que começaram a calcular mensalmente essas taxas em janeiro de 2004.

A cifra mais alarmante é a do desemprego juvenil, que afeta os trabalhadores com 15 a 24 anos de idade, cuja taxa subiu a 31,9% contra 31% de janeiro.

De acordo com cifras corrigidas por variações sazonais, 2,35 milhões de pessoas buscavam trabalho em fevereiro, o que representa um aumento de 1,9% em um mês (mais de 45.000 pessoas).

O Istat divulgou também os dados médios de desemprego para o quarto trimestre de 2011, que ficaram em 9,6%, o mais alto segundo os cálculos realizados trimestralmente desde 1999.

A publicação das cifras foi feita com atraso devido ao fato de os empregados do Istat terem parado por algumas horas para protestar contra os contratos de trabalho precários aplicados pelo centro de pesquisa.

O desemprego na Itália segue aumentando desde meados do ano passado devido à crise econômica que atingiu a península após a aplicação de uma série de planos de austeridade adotados para tranquilizar os mercados.

A Itália entrou em recessão no quarto trimestre de 2011 com uma queda do PIB de 0,7% após um recuo de 0,2% no terceiro trimestre.

Com a finalidade de reativar o emprego, o governo liderado pelo economista Mario Monti adotou no dia 23 de março uma reforma do mercado de trabalho, inspirada no "modelo dinamarquês", que combina flexibilidade e segurança e ao qual se opõe o maior sindicato do país, CGIL.

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