O premiê italiano, Mario Monti, defendeu as medidas para incentivar a recuperação do país (Jean-Christophe Verhaegen/AFP)
Da Redação
Publicado em 20 de janeiro de 2012 às 17h01.
Roma - O Governo tecnocrata italiano, presidido pelo ex-comissário europeu Mario Monti, aprovou nesta sexta-feira um vasto plano de liberalizações em diferentes setores como o dos transportes e da energia, para retirar os obstáculos que freiam a maltratada economia da Itália, ameaçada de novo pela recessão.
Após um Conselho de Ministros de oito horas de duração, Monti informou em entrevista coletiva sobre o conteúdo das medidas, dentro da chamada 'fase 2' de seu Governo, após o plano de austeridade de mais de 30 bilhões de euros de dezembro do ano passado.
O primeiro-ministro disse que as reformas estruturais foram pensadas para pôr fim a dois dos três lastros que frearam o crescimento econômico nas últimas décadas, a 'insuficiente concorrência de mercado e a inadequação das infraestruturas'.
'Levamos em conta que haverá comentários negativos, porque muitos preferem o 'status quo' antes de enfrentar novos desafios', comentou Monti, que assegurou que as medidas aprovadas não são somente 'uma grande ação econômica', mas também uma 'grande ação social' que entra dentro de seus objetivos de rigor, equidade e crescimento.
'Concorrência e liberalização não significa introduzir um pouco mais de selva para favorecer a economia, mas, a partir de nosso ponto de vista, eliminar barreiras, sobretudo para os jovens, mas também uma rigorosa atividade de limitação dos poderes públicos com regras de mercado', acrescentou.
Monti explicou que as medidas para enfrentar o terceiro empecilho do crescimento econômico na Itália, o da 'grande complicação dos procedimentos administrativos', chegarão na semana que vem.