Irã: segundo o país, as companhias e indivíduos cooperam em"ações contra a segurança nacional da República Islâmica" (foto/Getty Images)
EFE
Publicado em 18 de maio de 2017 às 10h21.
Última atualização em 18 de maio de 2017 às 10h23.
Teerã - O Governo iraniano impôs nesta quinta-feira sanções a nove entidades e indivíduos dos Estados Unidos em represália pelas impostas por Washington pelo programa de mísseis iraniano.
Segundo um comunicado do Ministério de Assuntos Exteriores iraniano, os sancionados cooperaram "direta ou indiretamente com o regime sionista para cometer crimes contra a humanidade em Palestina".
As companhias e indivíduos afetados, cujos nomes serão anunciados mais adiante, também apoiaram grupos terroristas que agem na região e cooperaram em "ações contra a segurança nacional da República Islâmica", acrescentou a nota.
O Ministério de Assuntos Exteriores denunciou que a medida adotada ontem por Washington pretende "escavar os efeitos positivos" do acordo nuclear assinado em julho de 2015 entre Irã e o Grupo 5+1, que inclui os EUA.
Além disso, qualificou esta decisão da Administração americana como "inaceitável, ilegal e contrária às normas internacionais".
O Governo dos EUA anunciou ontem sanções contra dois altos cargos de defesa iranianos e uma empresa radicada na China pelo vínculo no programa de mísseis balísticos de Teerã.
Washington também estendeu a isenção de sanções ao Irã dentro do acordo nuclear, o que significa que apesar das advertências do presidente, Donald Trump, seu governo não modificará sua participação neste pacto.
Não obstante, Washington apontou que continuará "fazendo frente à atividade desestabilizadora do Irã na região, tanto em apoio ao regime do presidente sírio, Bashar al Assad, como a organizações terroristas como Hezbollah, as milícias violentas que querem acabar com o governo do Iraque e do Iêmen".
O Governo americano já impôs sanções em janeiro a 13 indivíduos e 12 entidades iranianas relacionadas com o sistema de mísseis balísticos de Teerã, e a República Islâmica também respondeu com uma medida recíproca.
Desde a chegada à Casa Branca de Donald Trump, disparou a tensão entre Teerã e Washington e quando em janeiro o Irã testou um míssil balístico, além de impor as citadas sanções, o presidente disse que o Irã estava "brincando com fogo".
Teerã insiste que tem direito a fortalecer sua capacidade militar, e que esta tem um objetivo unicamente defensivo.