Economia

Ipea registra desenvolvimento brasileiro instável

O estudo mostra, no entanto, que o bem-estar da população permanece estável

Os dados mostram que as exportações de manufaturados caíram em maio 2,6% em relação a abril e que houve estabilidade na taxa de desemprego (Wikimedia Commons)

Os dados mostram que as exportações de manufaturados caíram em maio 2,6% em relação a abril e que houve estabilidade na taxa de desemprego (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2011 às 12h59.

Brasília - O desenvolvimento brasileiro apresenta instabilidade, diferentemente do bem-estar da população, de acordo com estudo mensal divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A entidade divulgou nesta quarta-feira (24) o Índice de Qualidade do Desenvolvimento (IQD), que registrou em maio queda para 264,94 pontos, contra 267,75 registrados em abril. A escala do indicador indica ótimo desempenho quando se situa entre 400 e 500 pontos; bom, de 300 a 400; instável, de 200 a 300; ruim, de 100 a 200; e péssimo, de 0 a 100.

O IQD se baseia em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Fundação Getulio Vargas (FGV), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e do Banco Central (BC), entre outros. O indicador é composto pelo Índice de Crescimento Econômico, que atingiu 254,5 pontos em maio, pelo Índice da Qualidade do Bem-Estar, que ficou em 333,33 pontos, e pelo Índice de Inserção Externa, que registrou 222,97 pontos. Este último indicou maior quantidade de recursos remetidos ao exterior do que o ideal, e investimento de moeda externa no setor produtivo abaixo do quantitativo usado como aplicação especulativa no país.

Os dados colhidos pelos pesquisadores do Ipea mostram que as exportações de manufaturados caíram em maio 2,6% em relação a abril e que houve estabilidade na taxa de desemprego. Já a taxa de pobreza subiu 0,3% no período. O número de trabalhadores com renda superior a R$ 1.660,00 caiu 1,3% e houve redução de 0,4% na proporção de trabalhadores formais comparada ao total da força de trabalho no país.

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