Economia

IPCA para 2016 cai de 6,84% para 6,80%, aponta Focus

Já o índice para o ano que vem, permaneceu em 4,93%

Real: a estimativa para novembro caiu de 0,39% para 0,36% (Marcos Santos/USP Imagens)

Real: a estimativa para novembro caiu de 0,39% para 0,36% (Marcos Santos/USP Imagens)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de novembro de 2016 às 09h39.

Brasília - Os economistas do mercado financeiro mudaram para melhor suas projeções para a inflação neste ano. O Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira, 21, pelo Banco Central (BC), mostra que a mediana para o IPCA - o índice oficial de inflação - este ano passou de 6,84% para 6,80%.

Há um mês, estava em 6,89%. Já o índice para o ano que vem permaneceu em 4,93%. Há quatro semanas, apontava 5,00%.

Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para este ano caiu de 6,83% para 6,79%. Para 2017, seguiu em 4,81%.

Quatro semanas atrás, as expectativas eram de, respectivamente, 6,89% e 5,03%. Já a inflação suavizada para os próximos 12 meses subiu de 4,93% para 4,94% de uma semana para outra - há um mês, estava em 4,95%.

Entre os índices mensais mais próximos, a estimativa para novembro caiu de 0,39% para 0,36%. Um mês antes, estava em 0,40%. No caso de dezembro, a previsão do Focus seguiu em 0,60%, mesmo porcentual de quatro semanas atrás.

No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado no fim de setembro, o BC havia apresentado suas estimativas mensais para o IPCA no curto prazo, sendo que a taxa projetada na época para a inflação em novembro era de 0,45%.

Na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), que justificou a decisão do colegiado de reduzir a Selic (a taxa básica de juros) de 14,25% para 14,00% ao ano, o BC afirmou que cortes maiores dependerão da retomada da desinflação de serviços e de avanços no ajuste fiscal.

A inflação de alimentos, que em documentos anteriores era citada pelo BC, deixou de ser um dos principais problemas para o afrouxamento monetário. A instituição também confirmou na ata suas projeções para a inflação nos próximos anos, pelo cenário de referência: 7,0% em 2016, 4,3% em 2017 e 3,9% em 2018.

Em comunicação recente, já após a eleição de Donald Trump nos EUA, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou que a mensagem da última ata do Copom continua válida.

Preços administrados

O Relatório Focus mostrou mudanças nas projeções para os preços administrados. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador este ano foi de alta de 6,00% para avanço de 6,07%.

Para o próximo ano, a mediana foi de elevação de 5,27% para alta de 5,30%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 6,00% para os preços administrados em 2016 e elevação de 5,28% em 2017.

Na ata do último encontro do Copom, o colegiado do BC havia informado que esperava alta de 6,2% para os preços administrados em 2016, de 5,8% para 2017 e de 5,1% para 2018.

Outros índices

O Focus divulgado nesta segunda-feira também mostrou que a mediana do IGP-DI de 2016 passou de 7,06% para 6,88% da última semana para esta. Há um mês, estava em 7,31%. Para o ano que vem, a mediana das previsões foi de 5,30% para 5,17%.

Quatro levantamentos atrás, estava em 5,43%. Os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do dólar e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.

Outro índice, o IGP-M, que é referência para o reajuste dos contratos de aluguel, passou de 7,36% para 7,25% nas projeções dos analistas para 2016. Quatro levantamentos antes estava em 7,65%. Para 2017, a previsão foi de 5,33% para 5,30% - um mês atrás estava em 5,33%.

A mediana das previsões para o IPC-Fipe de 2016 foi de 6,59% para 6,58%. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 6,65%. Para 2017, as expectativas para a inflação de São Paulo seguiram em 5,06%, ante 5,55% de um mês antes.

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