Economia

IPCA deve confirmar cenário “benigno” para a inflação

ÀS SETE - IBGE divulga nesta sexta-feira a prévia da inflação e pelas expectativas de mercado, a redução será ainda mais drástica comparada ao mês anterior

Inflação: o índice registrou em fevereiro alta de 0,38%, segundo menor patamar para o mês de fevereiro desde o início da série histórica (Reinaldo Canato/VEJA)

Inflação: o índice registrou em fevereiro alta de 0,38%, segundo menor patamar para o mês de fevereiro desde o início da série histórica (Reinaldo Canato/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 23 de março de 2018 às 06h30.

Última atualização em 23 de março de 2018 às 07h15.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulga nesta sexta-feira a prévia da inflação oficial do país, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15).

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Pelas prévias de mercado, a redução será ainda mais drástica comparada ao mês anterior. No consenso, a acumulação para março em relação a fevereiro será de 0,13%. Para os últimos 12 meses, deve se manter em 2,86%.

O índice registrou em fevereiro alta de 0,38%, segundo menor patamar para o mês de fevereiro desde o início da série histórica, em 1994. O recorde ainda é de fevereiro de 2000.

Naquele mês, os preços avançaram 0,34%. Em 2018, a educação foi o principal foco de pressão nos preços por conta do efeito sazonal de volta às aulas e reajustes de mensalidades.

A alta do setor foi 4,01%. Em seguida, vieram os transportes, com alta de 1,11%, efeito dos aumentos dos combustíveis e tarifas de transporte público.

A tendência de queda virou uma constante. Em janeiro, o IPCA-15 havia avançado 0,39%, com acumulado para 12 meses de 3,02%. Junto aos números de fevereiro, o indicador inflacionário acumulou alta de 0,77%, menor taxa nesse período desde o Plano Real.

O comportamento inflacionário segue influenciando as decisões do Banco Central. O Comitê de Política Monetária reduziu a Selic em 0,25 ponto percentual, de 6,75% ao ano para 6,5% ao ano, por unanimidade. Esse resultado era esperado.

A surpresa foi a sinalização de que a tendência é manter a curva para baixo na próxima reunião, usando as projeções de inflação para justificar que os juros devem ter sua 13ª queda seguida no encontro dos dias 15 e 16 de maio.

O comunicado do BC diz que “o cenário básico para a inflação evoluiu de forma mais benigna que o esperado neste início de ano”. Também no último boletim Focus, a mediana para o IPCA deste ano caiu de 3,67% para 3,63%. Há um mês, estava em 4,25%.

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