Os cigarros ficaram 10,11% mais caros em janeiro, o que fez o item registrar o principal impacto sobre o IPCA no mês (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 7 de fevereiro de 2013 às 09h24.
Rio de Janeiro - A alta de 0,86% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro foi a maior taxa de inflação verificada desde abril de 2005, quando ficou em 0,87%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O índice também foi o maior para meses de janeiro desde 2003, quando a taxa foi de 2,25%.
Em janeiro de 2012, o IPCA ficou em 0,56%, o que fez a taxa em 12 meses acelerar de 5,84% em dezembro para 6,15% em janeiro de 2013, afastando-se ainda mais do centro da meta estipulada pelo governo, de 4,5%.
Cigarros
Os cigarros ficaram 10,11% mais caros em janeiro, o que fez o item registrar o principal impacto sobre o IPCA no mês.
A alta, causada pelo aumento no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), resultou em uma contribuição de 0,09 ponto porcentual para a taxa de 0,86% do IPCA de janeiro.
O item puxou a alta de 1,55% no grupo Despesas Pessoais no período, o segundo maior impacto de grupo sobre o IPCA de janeiro, embora tenha desacelerado em relação à taxa de dezembro, quando ficou em 1,60%.
Ainda no grupo Despesas Pessoais, os gastos com empregados domésticos desaceleraram de 0,82% em dezembro para 0,58% em janeiro.
Energia
As contas de energia elétrica já ficaram 3,91% mais baratas para o consumidor em janeiro, refletindo parte da redução de 18% no valor das tarifas em vigor desde o último dia 24, segundo o IBGE.
Como resultado, o item exerceu o principal impacto negativo sobre a taxa de 0,86% do IPCA de janeiro, o equivalente a -0,13 ponto porcentual.
O peso da tarifa de energia elétrica para a formação do IPCA é de 3,33%. Além de ajudar a conter o IPCA, o item energia elétrica fez as despesas com o grupo Habitação recuarem 0,20% em janeiro, apesar dos aumentos no aluguel residencial (1,56%), condomínio (1,18%) e mão de obra para pequenos reparos na residência (0,70%). Em dezembro, o grupo Habitação registrou alta de 0,63%.