Material escolar: Educação foi o grupo que registrou maior variação no IPCA de fevereiro (Agência Brasil/Agência Brasil)
Repórter especial de Macroeconomia
Publicado em 12 de março de 2024 às 09h04.
Última atualização em 12 de março de 2024 às 09h31.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), indicador que é a inflação oficial do Brasil, fechou o mês de fevereiro com alta de 0,83%, após registrar avanço de 0,42% em janeiro. O resultado foi divulgado nesta terça-feira, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A inflação do mês superou o consenso de mercado, que apontava para uma variação de 0,78%. A taxa é a menor para um mês desde 2023.
Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 4,50%, abaixo dos 4,51% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2023, a variação havia sido de 0,84%.
No último Boletim Focus, divulgado nesta terça, a expectativa para o IPCA em 2024 está em 3,77%. Um mês antes, a mediana era de 3,82%. Para 2025, está em 3,51%. E para 2026 e 2027, a estimativa é de 3,5%. A meta de inflação para todos os anos é de 3,0%.
No grupo Educação, a maior alta veio dos cursos regulares (6,13%), por conta dos reajustes nas mensalidades praticados no início do ano letivo. As maiores variações vieram do ensino médio (8,51%), do ensino fundamental (8,24%), da pré-escola (8,05%) e da creche (6,03%). Curso técnico (6,14%), ensino superior (3,81%) e pós-graduação (2,76%) também registraram altas.
No grupo Alimentação e bebidas, que teve alta de 0,95%, a alimentação no domicílio subiu 1,12% em fevereiro. Contribuíram para esse resultado as altas da cebola (7,37%), da batata-inglesa (6,79%), das frutas (3,74%), do arroz (3,69%) e do leite longa vida (3,49%).
Em Transportes (0,72%), todos os combustíveis (2,93%) pesquisados tiveram alta: etanol (4,52%), gasolina (2,93%), gás veicular (0,22%) e óleo diesel (0,14%).
Em Comunicação (1,56%), o resultado foi influenciado pelas altas de tv por assinatura (4,02%) e do combo de telefonia, internet e tv por assinatura (3,29%)
O cálculo do IPCA envolve várias etapas e considerações importantes. Vamos entender como isso é feito:
O IPCA é calculado com base em uma amostra de produtos e serviços que representam os gastos das famílias brasileiras. Essa amostra é composta por cerca de 400 itens, que incluem alimentos, bebidas, habitação, transporte, saúde, educação, entre outros. A seleção dos itens é feita com base em pesquisas de orçamento familiar e em dados de consumo das famílias.
Para calcular o IPCA acumulado, o IBGE realiza uma pesquisa de preços em estabelecimentos comerciais de todo o país. Essa pesquisa é realizada mensalmente e envolve cerca de 30 mil estabelecimentos, incluindo supermercados, lojas de departamento, postos de combustível, entre outros. Os preços dos produtos e serviços são coletados e comparados com os preços do mês anterior.
Os itens da amostra do IPCA são ponderados de acordo com a sua participação nos gastos das famílias brasileiras. Itens que representam uma parcela maior dos gastos têm um peso maior no cálculo do IPCA. Essa ponderação é feita com base em dados de orçamento familiar e em pesquisas de consumo.
O IPCA é calculado a partir da variação dos preços dos produtos e serviços da amostra. Essa variação é medida em relação ao mês anterior e é ponderada de acordo com a participação de cada item nos gastos das famílias. O resultado é um índice que reflete a variação média.
O IPCA acumulado é um indicador que mede a variação dos preços de um conjunto de produtos e serviços ao longo de um determinado período. Ele é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e é considerado o índice oficial de inflação no Brasil. O IPCA acumulado é utilizado para monitorar a inflação e é divulgado mensalmente.
A sigla IPCA significa Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Ele é um indicador que mede a variação dos preços de um conjunto de produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras com renda mensal entre um e 40 salários mínimos. O IPCA é calculado pelo IBGE e é considerado o índice oficial de inflação no Brasil. Ele é utilizado para monitorar a inflação e é divulgado mensalmente.