O aumento da inflação também responde ao forte aumento da oferta monetária e do crédito impulsionado durante o primeiro trimestre, o qual o Executivo chinês tenta controlar agora (Jon Woo/Reuters)
Da Redação
Publicado em 9 de julho de 2013 às 09h03.
Pequim - O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), o principal indicador da inflação, registrou uma alta de 2,7% anualizado no mês de junho, um número acima do registrado em maio (2,1%) e do previsto pelos analistas, informou nesta terça-feira o Escritório Nacional de Estatísticas da China.
Segundo dados do organismo oficial, a alta se deve principalmente ao aumento dos preços da carne de porco em relação ao mesmo período do último ano.
Já o Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a inflação nos preços por atacado, voltou a cair no mês de junho - 2,7% anualizado -, após registrar uma baixa de 2,9% em maio. Esse é o 16º mês de queda deste índice.
Desta forma, o número da inflação em junho se situa acima do previsto pelos analistas, que situavam uma alta ao redor de 2,5%, após a queda da inflação em maio que, junto a outros indicadores, como o comércio exterior, evidenciou a fraqueza da economia do país asiático.
Apesar disso, a inflação segue abaixo do umbral imposto pelo governo chinês para este ano, de 3,5%.
O aumento da inflação também responde ao forte aumento da oferta monetária e do crédito impulsionado durante o primeiro trimestre, o qual o Executivo chinês tenta controlar agora.
Junto ao dado da inflação, o Escritório Nacional de Estatísticas da China anunciará amanhã o índice do comércio exterior do mês de junho, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre deverá vir à tona somente na próxima segunda-feira.
O PIB será divulgado junto a outros indicadores com relação à produção industrial, às vendas ao pormenor e ao investimento em ativos fixos, todos do mesmo mês de junho e que refletirão a tendência da economia da segunda potência mundial, já debilitada.
No primeiro trimestre de 2013, o crescimento da economia chinesa caiu e se situou em 7,7% anualizado, sendo que os analistas esperavam no mínimo 8%, depois que o país crescesse 7,9% nos últimos três meses de 2012 e vários indicadores macroeconômicos no começo do ano mostrassem um aumento da atividade manufatureira, assim como o de comércio exterior.