Economia

Investimentos em rodovias impulsiona comércio, diz CNC

A nova etapa do PIL, anunciada em 9 de junho, prevê a aplicação de um total de R$ 198,4 bilhões, com o objetivo de destravar a economia nos próximos anos

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2015 às 10h22.

Comércio é o setor que poderá ser diretamente beneficiado pelo Programa de Investimentos Logísticos (PIL): a maior parte dos produtos transportados no país usam rodovias para chegar ao comércio no atacado e no varejo, na ponta de toda a cadeia logística, disse à Agência Brasil a economista Izis Janote Ferreira, da Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio (CNC).

No entanto, segundo ela, apesar de positivo, o programa carece ainda de regras mais claras para dar confiança a uma peça importante de todo esse processo: o investidor privado.

A nova etapa do PIL, anunciada em 9 de junho, prevê a aplicação de um total de R$ 198,4 bilhões, com o objetivo de destravar a economia nos próximos anos. Os recursos serão usados em projetos de infraestrutura, pela iniciativa privada, como rodovias, ferrovias, aeroportos e portos.

“O programa tenta promover uma injeção de expectativas, na tentativa de criar um ambiente mais favorável para o comércio e à atividade econômica. Trata-se da promoção de uma agenda positiva com o intuito de apresentar soluções aos gargalos logísticos da economia brasileira”, disse Izis.

Mas, para obter o sucesso desejado, o governo necessita, segundo ela, usar regras de mercado claras para aumentar a confiança dos investidores nos projetos. “Apesar de incertezas [especialmente regulatórias] quanto à sua implementação, o programa deverá criar melhores condições, no médio e longo prazos, para a atividade comercial, bastante capilarizada no país”, acrescentou.

Izis destaca como aspecto positivo do projeto, a curto prazo, os efeitos que ele pode trazer ao setor rodoviário, em especial no que se refere à renovação e à ampliação de contratos referentes a investimentos em concessões já em curso e que não precisarão de novas licitações.

“Novas licitações [rodoviárias] já aprovadas e sem questionamentos jurídicos terão curso ao longo do ano de 2015, com reflexos mais imediatos na economia, tanto pelo viés do investimento, quanto pelos benefícios das próprias obras”, disse a economista.

Acompanhe tudo sobre:InfraestruturaInvestimentos de governoLogística

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto