Economia

Investimento recua no governo Dilma

Para a maioria dos economistas, é preciso chegar a pelo menos 22% de taxa de investimento para sustentar um ritmo de crescimento aceitável para a economia brasileira

A presidente Dilma Rousseff participa da 39ª Reunião Ordinária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Ueslei Marcelino/Reuters)

A presidente Dilma Rousseff participa da 39ª Reunião Ordinária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2012 às 09h10.

Rio - A taxa de investimento da economia brasileira caiu quase o tempo todo durante o governo de Dilma Rousseff, indo na direção contrária ao objetivo da presidente de levá-la ao nível de 22% a 23% do Produto Interno Bruto (PIB). Dilma iniciou seu mandato com uma taxa de investimento acumulada em quatro trimestres de 19,46% do PIB, que caiu para 18,83% em junho de 2012, tornando cada vez mais difícil alcançar o objetivo.

Para a maioria dos economistas, é preciso chegar a pelo menos 22% de taxa de investimento para sustentar um ritmo de crescimento aceitável para a economia brasileira. Diversos países emergentes têm taxas superiores a 20%, e mesmo a 30% ou 40% do PIB (caso da China). Muitos analistas consideram que uma taxa de investimento de 22% ou 23% do PIB no Brasil tornaria viável um crescimento equilibrado e sustentável em torno de 4% ou até 4,5% ao ano.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou seu governo com taxa de investimento de 16,4% do PIB, e a levou até 19,5% em 2010, pelos dados das contas nacionais anuais. Nas contas nacionais trimestrais, a taxa de investimento em quatro trimestres saiu de 19,46% do PIB em dezembro de 2010, ao fim do governo Lula, para 19,52% em março de 2011, início do governo Dilma. A partir daí, ela caiu em todos os trimestres da administração da presidente.

Nenhum analista responsabiliza a gestão de Dilma pela queda da taxa de investimentos, que é um indicador que depende de fatores estruturais de longo prazo ou de oscilações conjunturais da demanda - em nenhum caso, algo que possa ser atribuído diretamente ao governo de plantão.

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