Economia

Investimento no Brasil deve chegar a US$ 2,1 bi, diz BID

Segundo presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, carteira de crédito para o Brasil soma hoje cerca de R$ 30 bilhões


	O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno
 (Pablo Porciuncula/AFP)

O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno (Pablo Porciuncula/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2014 às 20h39.

Belo Horizonte - O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, informou, em entrevista exclusiva ao Broadcast, serviço de notícia em tempo real da Agência Estado, antes da cerimônia de assinatura de contrato de empréstimo de US$ 150 milhões para o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), que os recursos destinados para o Brasil somarão US$ 2,1 bilhões em 2014, ante US$ 3,4 bilhões liberados em 2013.

"O valor deste ano será menor que o do ano passado por conta do período eleitoral, mas o Brasil seguirá como tendo a maior fatia dos recursos do BID", declarou.

Segundo ele, a carteira de crédito para o Brasil soma hoje cerca de R$ 30 bilhões, sendo aproximadamente um terço aplicado somente na região Nordeste.

"Mas a Dilma Rousseff, presidente da República, nos disse que temos que trabalhar com todos os Estados e já temos parceria com todos eles", completou.

Questionado se a instabilidade política atual brasileira inibirá os recursos do BID ao Brasil, Moreno foi enfático. "De jeito nenhum. Nós temos que olhar o longo prazo.

O BID já está no Brasil há 50 anos e vamos ficar mais 50 anos ou mais, principalmente em projetos de parcerias público-privadas", afirmou.

Sobre a parceria com o BDMG, Moreno comentou como esse empréstimo é relevante.

"É nosso foco apoiar projetos de infraestrutura, segurança, entre outros. Além disso, aqui em Minas Gerais, 90% das companhias são de pequenas e médias empresas, que geram 60% dos empregos", disse.

Esta é a segunda linha fechada este ano entre o BDMG com o BID, sendo que a primeira foi para a criação da linha BDMG Acredita, que apoia micro e pequenas empresas recém-constituídas.

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