Funcionário em produção de aço na China: analistas disseram que a retração mostra que o país precisa de um novo atrativo para elevar os fluxos (Feng Li/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 16 de janeiro de 2013 às 07h47.
Pequim - O investimento estrangeiro direto (IED) na China caiu no ano passado pela primeira vez desde a crise financeira mundial, recuando 4 por cento diante da falta de entusiasmo de empresários por buscar negócios em mercados emergentes.
O IED somou 111,7 bilhões de dólares no ano passado, contra o recorde de 116 bilhões de dólares em 2011. Apesar da retração, o país manteve-se como um dos principais destinos de recursos produtivos.
O IED, apesar de ser um indicador expressivo sobre a economia global, contribui pouco com o fluxo de capital para a China. A maior parte vem de exportações, que somaram cerca de 2 trilhões de dólares no ano passado.
Analistas disseram que a retração do IED não significa que a China perdeu a atração para os investidores. Mostra que o país precisa de um novo atrativo para elevar esses fluxos.
"Veremos o IED variando entre 110 bilhões de dólares e 120 bilhões de dólares por alguns anos", afirmou Tim Condon, economista do ING em Cingapura. "Esperamos que o atual governo intensifique os esforços por reformas como a abertura da conta de capital. Isso poderia atrair mais investimentos." O novo governo liderado pelo presidente Xi Jinping assume em março. Investidores esperam que o país flexibilize, entre outras reformas, os controles na conta de capital.
Nesta sexta-feira, a China divulga o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2012. A expectativa é de alta de 7,8 por cento anual no quarto trimestre do ano passado -- menor ritmo desde a crise de 2009.
Em dezembro, o IED na China caiu 4,5 por cento na comparação annual, para 11,7 bilhões de dólares, segundo informou o ministério do Comércio nesta quarta-feira.