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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Brasília - O investimento estrangeiro direto (IED) - destinado ao setor produtivo do país - está aquém do esperado pelo Banco Central, mas a expectativa é de aumento no segundo semestre, disse hoje (25) o chefe do Departamento Econômico da instituição, Altamir Lopes.
De janeiro a abril, o investimento estrangeiro direto ficou em US$ 7,880 bilhões, contra US$ 8,751 bilhões registrado no mesmo período de 2009. A previsão do BC para o ano é de US$ 45 bilhões.
Lopes espera aceleração de investimentos estrangeiros no setor automobilístico, imobiliário e de edificações, na indústria química e no varejo.
Segundo ele, o cenário externo ruim faz com que os investidores adiem as aplicações em outros países. "Esses dois meses foram marcados por volatilidade expressiva e isso reduz os investimentos. Os dados que temos até hoje estão aquém do que tínhamos como expectativa", disse.
Lopes afirmou que apesar disso, como o IED envolve projetos de longo prazo, "os movimentos do mercado levam [o investidor] a postergar por um mês ou dois até que a situação se normalize". "Isso traz uma pisada no freio temporária", acrescentou Lopes.
Nos 25 dias de maio, entraram no país US$ 1,3 bilhão como investimento estrangeiro direto. A previsão para todo o mês é de US$ 1,6 bilhão. Em abril, o total foi de US$ 2,223 bilhões.