Economia

Investidores assumem menos risco, mostra pesquisa

Segundo pesquisa, 22% dos investidores globais estão assumindo níveis de risco descritos como "abaixo do normal"


	Cofrinho: investidores estão cada vez mais questionando o ritmo de crescimento global no futuro
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Cofrinho: investidores estão cada vez mais questionando o ritmo de crescimento global no futuro (stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2014 às 16h19.

São Paulo - As tensões geopolíticas na Ucrânia e o temor com possíveis defaults da dívida chinesa vêm limitando o apetite dos investidores por risco e pressionando as previsões de crescimento para os próximos 12 meses, segundo a mais recente pesquisa mensal do Bank of America Merrill Lynch com gestores de fundos globais.

Os investidores estão cada vez mais questionando o ritmo de crescimento global no futuro.

Quase três quartos dos consultados no levantamento preveem que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global será "abaixo da média" nos próximos 12 meses e 20% afirmam ser improvável que os lucros corporativos cresçam mais de 10% no período.

"Os investidores parecem estar se ajustando para um ambiente de crescimento menor, já que diversos indicadores desaceleraram nos últimos meses", disse Obe Ejikeme, estrategista do Merrill Lynch.

Segundo a pesquisa, 22% dos investidores globais estão assumindo níveis de risco descritos como "abaixo do normal" - o dobro em relação ao levantamento anterior.

No entanto, os investidores continuam a dar preferência para a dívida de países periféricos, com Espanha e Itália sendo as principais escolhas. Já Suíça e Reino Unido são os menos preferidos.

Ejikeme alertou, porém, que se os dados econômicos continuarem a sinalizar uma desaceleração, a Europa periférica pode ser prejudicada.

O levantamento mostra também que crises geopolíticas, como as tensões na Rússia e na Ucrânia, continuam sendo a principal preocupação dos investidores globais.

Em seguida, aparecem os temores com defaults da dívida chinesa, uma possível deflação na zona do euro, o futuro da política econômica do Japão e a inflação nos EUA e no Reino Unido. Com informações da Dow Jones Newswires.

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