Economia

Intenção do paulistano de buscar financiamento cai 9,8%

Em março, o indicador apresentou leve redução de 1,5%


	Economia: na avaliação de Fábio Pina, assessor econômico da FecomercioSP, os dois fatores que ajudam a explicar o resultado são a sazonalidade e a inflação.
 (REUTERS/Bruno Domingos)

Economia: na avaliação de Fábio Pina, assessor econômico da FecomercioSP, os dois fatores que ajudam a explicar o resultado são a sazonalidade e a inflação. (REUTERS/Bruno Domingos)

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Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2013 às 13h24.

São Paulo - A intenção do paulistano para buscar financiamento teve queda de 9,8% em abril, aponta estudo divulgado hoje (2) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Em março, o indicador apresentou leve redução de 1,5%.

Em relação ao percentual registrado em junho de 2012, quando começou a ser feita a Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (Prie), a queda é de aproximadamente 33%.

Na avaliação de Fábio Pina, assessor econômico da FecomercioSP, dois fatores ajudam a explicar o resultado: a sazonalidade e a inflação. "É um período complicado porque o consumidor não tem mais o décimo terceiro e tem as dívidas que parcelou no final do ano. A tendência é que ele fique mais conservador nesse começo do segundo trimestre", apontou.

Em relação à inflação, Pina destaca que a evidência mais recente de uma aceleração nos preços faz com que o consumidor fique mais conservador. "Ele teme uma perda do poder de compra. A tendência desse cenário é que o consumidor evite, em um curto prazo, tomar novos financiamentos", explicou o assessor.

Para a FecomercioSP, essa postura mais retraída na busca pelo financiamento é preocupante, porque o crédito corresponde a cerca de 40% das vendas no varejo. "Se eu tiver uma redução desse volume, seja porque a demanda não quer, seja porque a oferta está mais restrita, isso vai impactar negativamente no varejo", disse Pina. Ele ressaltou, no entanto, que a entidade não acredita em uma redução no volume de crédito, mas o ritmo de crescimento dessa oferta deve diminuir.

A pesquisa também apura o nível de endividamento dos paulistanos. Dos 2,2 mil entrevistados, 57% disseram ter dívidas em abril, dos quais 20% têm algum tipo de aplicação e 37%, nenhuma. Já 42% declararam não estar endividados. Desses, metade tem dinheiro aplicado.

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