Economia

Intenção de Consumo das Famílias fica estável após 6 meses

Indicador foi divulgado hoje (15), pela Confederação Nacional do Comércio de Bens e Turismo (CNC)


	Intenção de Consumo das Famílias registrou aumento de 0,1% na comparação com o mês anterior
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Intenção de Consumo das Famílias registrou aumento de 0,1% na comparação com o mês anterior (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2014 às 12h43.

Rio de Janeiro - A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) fechou junho com indicativo de estabilidade, ao registrar aumento de 0,1% na comparação com o mês anterior, indo a 120,6 pontos, depois de fechar o primeiro semestre do ano em queda.

O indicador foi divulgado hoje (15), pela Confederação Nacional do Comércio de Bens e Turismo (CNC), ressaltando, no entanto, que em relação a julho do ano passado, o ICF fechou com queda de 3,5%.

Na avaliação da CNC, “a desaceleração recente da inflação de alimentos e os efeitos temporários produzidos pela Copa do Mundo podem ter auxiliado na manutenção geral das perspectivas”. Mesmo que ainda em base tímidas de recuperação, o índice permanece acima da zona de indiferença (100 pontos), indicando, portanto, um nível favorável.

Na avaliação da economista da CNC Juliana Serapio, é necessário enfatizar que, apesar do resultado positivo de julho, a percepção das famílias não muda tão rapidamente. “As perspectivas para emprego e consumo seguem desaquecidas. O componente perspectiva profissional teve o menor valor da série histórica (117,8 pontos), e o nível de consumo atual apresentou insatisfação das famílias (abaixo de 100 pontos)”, justificou.

A CNC lembra, ainda, que o item sobre consumo de bens duráveis teve a maior queda na comparação anual, ao fechar julho em - 13,4%, voltando a registrar o menor patamar da série histórica (105,7).

Para a economista da CNC, o comportamento é um reflexo do encarecimento do crédito. “A taxa de juros para pessoas físicas atingiu, na última divulgação, o maior valor desde julho de 2011”, ressaltou.

Na previsão para o resto do ano, ao analisar as condições atuais e as perspectivas futuras da economia doméstica, a CNC revisou novamente para baixo a expectativa do volume de vendas do varejo, que passou de 4,7% para 4,5% em 2014.

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