Economia

Institutos veem risco de bolhas em política monetária do BCE

Banco busca comprar 60 bilhões de euros por mês de valores mobiliários (títulos, títulos lastreados em ativos e bônus cobertos) até setembro de 2016


	Banco Central Europeu (BCE) em Frankfurt: principais institutos econômicos da Alemanha, Áustria e Suíça alertaram que há risco de formação de bolhas
 (Kai Pfaffenbach/Reuters)

Banco Central Europeu (BCE) em Frankfurt: principais institutos econômicos da Alemanha, Áustria e Suíça alertaram que há risco de formação de bolhas (Kai Pfaffenbach/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2015 às 09h24.

Berlim - Os principais institutos econômicos da Alemanha, Áustria e Suíça alertaram na quinta-feira que há um risco de formação de bolhas no mercado acionário devido à política monetária expansionista do Banco Central Europeu (BCE).

"Não podemos excluir a possibilidade de que bolhas vão se formar nos mercados acionários se a política monetária continuar expansionista", disseram os institutos em seus relatórios.

"Em outros mercados de ativos, como o imobiliário, existe este risco também", disseram eles.

Sob um programa de estímulos conhecido como "quantitative easing", que teve início no começo de março, o BCE busca comprar 60 bilhões de euros por mês de valores mobiliários (títulos, títulos lastreados em ativos e bônus cobertos) até setembro de 2016, ou para além disso se necessário para ver um ajuste sustentado na trejatória de inflação de volta na direção da meta do BCE de pouco abaixo de 2 por cento.

Os institutos disseram que as compras de títulos soberanos pelo BCE são de modo geral uma maneira adequada para combater riscos de deflação, mas acrescentaram: "A compra de títulos soberanos através do Eurossistema está associada a riscos consideráveis para a estabilidade financeira e a estabilidade das finanças públicas na zona do euro".

Acompanhe tudo sobre:BCEEuropaPolítica monetária

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto