Economia

Inflação terá pressão de reajustes em tarifas administradas

Com isso, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado em 12 meses, em 8,89% até junho, deve avançar um pouco mais neste mês


	Também está no radar o impacto do reajuste de 20% nas tarifas de telefone celular de uma das operadoras, a partir do fim de junho
 (Gregg Newton/Bloomberg)

Também está no radar o impacto do reajuste de 20% nas tarifas de telefone celular de uma das operadoras, a partir do fim de junho (Gregg Newton/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2015 às 13h27.

Rio - A inflação de julho contará com forte pressão de reajustes em tarifas administradas, desde taxas de água e esgoto até energia elétrica, passando por gás encanado, táxi, ônibus e telefone celular. 

Com isso, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado em 12 meses, em 8,89% até junho, deve avançar um pouco mais neste mês, admitiu Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Isso é fato, porque o índice de julho de 2014 foi zero (0,01%)", afirmou a coordenadora. "Vamos pegar o acumulado de 8,89%, tirar nada e vamos colocar uma taxa mais alta", explicou.

Segundo Eulina, o IBGE já tem no radar aumentos que impactarão o IPCA em julho. Um dos principais será o reajuste nas taxas de água e esgoto em sete regiões. A partir de 1º de julho, houve reajuste de 7,6% em Porto Alegre, de 20% em Goiânia e de 8,35% em Campo Grande. A taxa de água e esgoto ainda subiu 7,3% em Fortaleza, desde 6 de julho.

Além disso, impactos já computados no IPCA de junho terão influência residual neste mês. É o caso do reajuste de 15,64% em São Paulo a partir de 4 de junho, da alta de 3,51% em Recife desde 20 de junho e do aumento de 9,98% em Salvador em vigor desde 06 de junho.

No caso do gás encanado, a alta foi de 1,37% no Rio de Janeiro, a contar de 1º de julho. Já a energia elétrica, depois de dar uma trégua em junho, voltará em julho com os aumentos de 17% em São Paulo, desde 4 de julho, e de 14,39% em Curitiba, a partir de 24 de junho.

Os transportes também devem pressionar a inflação, já que o táxi em Fortaleza ficou 6,50% mais caro em 12 de junho (com impacto residual no IPCA de julho). O ônibus intermunicipal, por sua vez, teve reajustes de 11,39% em Recife (a partir de 30 de junho) e de 10,53% em São Paulo (desde 5 de julho).

Os ônibus interestaduais, por sua vez, tiveram um reajuste de 7,70% a partir de 1º de julho. Esse aumento vale para todas as regiões, destacou o IBGE. O item tem um peso de 0,24% no IPCA geral.

Por fim, também está no radar o impacto do reajuste de 20% nas tarifas de telefone celular de uma das operadoras, a partir do fim de junho.

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