Economia

Inflação tem dinâmica favorável no país, diz diretor do BC

Durante palestra, Reinaldo Le Grazie exibiu dados que mostram forte desaceleração dos preços desde o pico visto entre o fim de 2015 e início de 2016

Inflação: Le Grazie apresentou gráficos que mostram que as expectativas do mercado para a inflação voltaram a orbitar perto do centro da meta em 2017 e 2018 pela primeira vez desde 2009 (ThinkStock/Thinkstock)

Inflação: Le Grazie apresentou gráficos que mostram que as expectativas do mercado para a inflação voltaram a orbitar perto do centro da meta em 2017 e 2018 pela primeira vez desde 2009 (ThinkStock/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de abril de 2017 às 20h09.

Última atualização em 3 de abril de 2017 às 20h16.

Brasília - O diretor de política monetária do Banco Central, Reinaldo Le Grazie, ressaltou em apresentação nesta segunda-feira, 3, em São Paulo que a inflação apresenta dinâmica favorável no Brasil.

Em palestra no 2º Santander Macro Day 2017, o diretor apresentou gráficos que mostram que as expectativas do mercado para a inflação voltaram a orbitar perto do centro da meta em 2017 e 2018 pela primeira vez desde 2009.

Durante apresentação fechada à imprensa, o diretor do BC exibiu dados que mostram forte desaceleração dos preços desde o pico visto entre o fim de 2015 e início de 2016.

Essa acomodação dos preços é vista em vários indicadores, como o IPCA, INPC, IPC-Fipe e IPC-10.

Le Grazie também repetiu avaliação de que o "atual cenário econômico mundial é especialmente incerto, mas em um contexto de estabilização da economia e de recuperação gradual da atividade econômica".

De acordo com a apresentação publicada pela assessoria de imprensa, o diretor repetiu a avaliação do BC de que o ambiente de alta de juros globais "poderá trazer implicações para as economias emergentes".

A percepção para o Brasil, porém, é que o País tem atualmente menos vulnerabilidade externa.

O diretor citou que o balanço de pagamentos tem situação "confortável com altos níveis de Investimento Estrangeiro Direto e reservas".

Além disso, a estrutura de dívida externa considerada adequada e a queda da inflação com ancoragem das expectativas "reduzem a vulnerabilidade a choques".

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