Economia

Inflação sobe 0,25% em agosto e bate teto da meta

IBGE divulgou hoje que o IPCA registrou alta de 0,25% em agosto, levando o acumulado em 12 meses para 6,51%, acima do teto da meta

Homem escolhe produto em supermercado (Agência Brasil/Marcelo Camargo)

Homem escolhe produto em supermercado (Agência Brasil/Marcelo Camargo)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 5 de setembro de 2014 às 09h41.

São Paulo - O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de agosto no Brasil ficou em 0,25%, divulgou nesta manhã o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

É bem acima do 0,01% de julho e próximo da taxa de agosto de 2013, que foi de 0,24%.

Com isso, o acumulado da inflação em 12 meses chegou a 6,51%, acima do teto da meta.

A meta definida pelo governo é de 4,5% ao ano, com tolerância de dois pontos percentuais para baixo (2,5%) ou para cima (6,5%).

A inflação acumulada em 2014 até agora é de 4,02%, acima dos 3,43% no mesmo período do ano passado.

Grupos

Os itens empregado doméstico (+1,26%) e energia elétrica (+1,76%) lideram os principais impactos no índice do mês (0,05 ponto percentual cada).

O grupo Alimentação e Bebidas, que tem o maior peso no IPCA, registrou recuo nos preços pelo quinto mês consecutivo. Considerando só alimentos consumidos em casa, a queda foi ainda maior, já que a alimentação fora de casa continua em alta.

Desacelerando em relação a julho, Habitação teve ainda assim a maior alta mensal em agosto: 0,94%, com impacto de 0,14 ponto percentual, mais da metade do índice final.

O que puxou este grupo foi uma alta nas taxas de água e esgoto em algumas capitais, como Rio de Janeiro e Vitória, e a menor intensidade do programa de redução do consumo em São Paulo. Houve variações altas também em condomínio (+1,35%), artigos de limpeza (+1,31%) e aluguel (+0,66%).

Em relação a julho, além de Habitação, três outros grupos desaceleraram: Artigos de Residência, Saúde e Cuidados Pessoais e Despesas Pessoais.

A inflação dos Transportes voltou a acelerar puxado por uma alta de 10% nas passagens aéreas, que haviam subido muito em junho e caído em julho.

Os maiores índices regionais foram registrados em Belém (+0,98%) e Vitória (+0,91%).

Grupo Variação (%) julho Variação (%) agosto
Índice geral 0,01% 0,25%
Alimentação e bebidas -0,15% -0,15%
Habitação 1,20% 0,94%
Artigos de residência 0,86% 0,47%
Vestuário -0,24% -0,15%
Transportes -0,98% 0,33%
Saúde e cuidados pessoais 0,50% 0,41%
Despesas pessoais 0,12% 0,09%
Educação 0,04% 0,43%
Comunicação -0,79% 0,10%
Grupo Impacto (p.p.) julho Impacto (p.p.) agosto
Índice geral 0,01 0,25
Alimentação e bebidas -0,04 -0,04
Habitação 0,17 0,14
Artigos de residência 0,04 0,02
Vestuário -0,02 -0,01
Transportes -0,18 0,06
Saúde e cuidados pessoais 0,06 0,05
Despesas pessoais 0,01 0,01
Educação 0,00 0,02
Comunicação -0,03 0,00
Acompanhe tudo sobre:EstatísticasIBGEIndicadores econômicosInflaçãoIPCAPreços

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto