Economia

Inflação recuará em 2013, na opinião de presidente do BC

Para Tombini, há fatores que apontam na mesma direção da visão do BC, entre eles a moderação da evolução dos salários e o crescimento do crédito em um ritmo mais modesto


	Alexandre Tombini, presidente do Banco Central
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Alexandre Tombini, presidente do Banco Central (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2012 às 17h57.

Brasília - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse, nesta segunda-feira, que a inflação em 2013 ficará abaixo do nível verificado em 2012. Tombini afirmou que há uma série de fatores que apontam na mesma direção da visão do BC, entre eles a moderação da evolução dos salários e o crescimento do crédito em um ritmo mais modesto.

Tombini afirmou também que a economia brasileira registrou no terceiro trimestre uma retomada mais lenta do que se supunha, mas que o crescimento é firme e está ganhando velocidade. "O Brasil tem todas as condições de retomar uma trajetória de crescimento mais forte do ponto de vista da estabilidade monetária e financeira. O Brasil vai bem, obrigado." O presidente do BC disse ainda que o sistema financeiro nacional está sólido, bem capitalizado, rentável e bem provisionado.

Segundo Tombini, as medidas tomadas pelo governo até agora também contribuirão para a redução da inflação em direção à trajetória de metas. O próprio cenário internacional, disse, apresentou melhoras em "várias dimensões", mas ainda vem mostrando crescimento abaixo da taxa de expansão dos últimos anos. "Não há um cenário inflacionário vindo do exterior", completou.

Em relação às condições da economia doméstica, Tombini citou o elevado nível das reservas internacionais, condições "confortáveis" de financiamento do balanço de pagamento, uma questão fiscal equacionada e uma relação dívida/PIB declinante. O presidente do BC afirmou ainda que o resultado nominal do setor público colocaria o Brasil bem posicionado em qualquer comparação internacional. "Essas são todas condições para o Brasil crescer mais no futuro", completou.

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