As quedas recentes foram beneficiadas em especial pelo efeito no mercado da colheita da safra agrícola recorde deste ano (Mario Tama/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 6 de outubro de 2017 às 06h41.
Última atualização em 6 de outubro de 2017 às 07h39.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulga nesta sexta-feira o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo de setembro. Em agosto, o índice para o acumulado de 12 meses ficou em 2,46%.
Às Sete – um guia rápido para começar seu dia
Leia também estas outras notícias da seção Às Sete e comece o dia bem informado:
Naquela ocasião, a inflação oficial do país havia subido 0,19% no mês e registrado 0,24% no período anterior. Em setembro de 2016, o IPCA marcava 8,48% de alta, segundo a série histórica do IBGE. De lá para cá, o percentual vem caindo a cada mês.
Caso seja confirmada a tendência de queda no acumulado de 12 meses, o índice se aproxima ao recorde de fevereiro de 1999, de 2,24%. Além disso, rompe a marca de um ano de quedas consecutivas na inflação mês a mês.
As quedas recentes foram beneficiadas em especial pelo efeito no mercado da colheita da safra agrícola recorde deste ano, que derrubou preços de alimentos.
São bens com alta taxa de consumo e que, por consequência, impactam nos valores praticados desde a base de diversos setores.
Em agosto, os itens que tiveram maior queda foram o feijão carioca, com -14,86% no índice de preços, tomate, com -13,85%, açúcar cristal, -5,90%, e leite longa vida, -4,26%.
Na prévia da inflação para setembro, o IBGE estima que a alta dos preços foi de 0,11% em setembro, após registrar 0,35% no mês passado, o menor para o mês desde 2006 (0,05%).
A prévia acumulada em 12 meses é de 2,56%, abaixo dos 2,68% de agosto e menor alta para setembro desde 1998 (2,45%).
Novamente, a baixa foi motivada por alimentos. Tomate teve -20,94% nos preços, o feijão-carioca registrou -11,67%, alho, -7,96% e o açúcar cristal, -4,71%.
O IPCA mede altas de preços nas regiões metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Vitória, Belém, Brasília, e nos municípios de Goiânia e Campo Grande.
Se a nova queda na inflação for confirmada, o país vai dar mais um passo para terminar o ano abaixo da meta definida pelo Banco Central, no intervalo entre 3% e 6%, reforçando a pressão por uma redução mais acelerada dos juros, atualmente em 8,25%. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária está marcada para os dias 24 e 25 de outubro.