Rio - A estiagem exerceu uma das principais pressões sobre a inflação de janeiro medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), avaliou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"De fato, em janeiro, tem algum fenômeno climático que atrapalha, que faz subir preços de alimentos. Mas neste ano em especial (o problema) está agravado por conta da seca, que fez com que aumentasse o custo não só de alimentos, mas de outros itens importantes para o consumidor", disse a pesquisadora do IBGE.
Eulina lembra que, embora a inflação de janeiro costume registrar uma pressão sazonal de alimentos sob o impacto de condições climáticas adversas - como o excesso de chuvas ou a falta delas -, a influência sobre a inflação foi mais forte este ano.
"A seca atingiu mais o índice pela gravidade do problema que o Brasil está passando. Além de prejudicar os alimentos, a agricultura, a pecuária, a falta de chuva também fez com que a energia elétrica passasse a ser um problema para o País. Aumentou o preço (da energia) e, como consequência, o IPCA veio forte", ressaltou a coordenadora, citando também o reajuste de taxa de água e esgoto, que foi de 1,42% em janeiro.
A conta de luz ficou 8,27% mais cara em janeiro, item de maior contribuição para a inflação do mês.
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1. O custo da ineficiência
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1/28 (Thinkstock/Thinkstock)
São Paulo - De cada 100 litros de água coletada e tratada no Brasil, apenas 63 litros chegam sãos e salvos na casa do brasileiro, em média. O restante fica pelo caminho. É o que mostra dados recém atualizados do Sistema Nacional de Informações de Saneamento Básico do Ministério das Cidades. Em 2013, ano mais recente com dados disponíveis,
o Brasil perdeu nada menos do que 37% de toda sua água tratada. Ligações clandestinas, vazamentos, obras mal executadas ou medições incorretas no consumo de água são as principais causas da perda de faturamento das empresas operadoras e dos estados. Se o índice assusta, o quadro fica mais tenebroso quando se observa as perdas por estados. Ao todo, 15 unidades federativas têm taxas superiores à média nacional. O caso mais alarmante é o do Amapá, onde as perdas de água tratada chegam a 76%, um desperdício imperdoável para um recurso tão precioso. Confira nas fotos o ranking de perdas de água por estado.
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2. 1. Amapá
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2/28 (Antonio Milena/Veja)
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3. 2. Roraima
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3/28 (Tiago Orihuela/ Prefeitura Boa Vista)
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4. 3. Sergipe
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4/28 (Flickr/Creative Commons)
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5. 4. Acre
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5/28 (Marcos Rosa/Veja)
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6. 5. Rio Grande do Norte
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6/28 (REUTERS/Sergio Moraes)
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7. 6. Pernambuco
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7/28 (Leo Caldas/EXAME.com)
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8. 7. Rondônia
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8/28 (Reprodução/Wilson Dias/ABr/Wikimedia Commons)
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9. 8. Piauí
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9/28 (GettyImages)
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10. 9. Pará
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10/28 (Divulgação/Embratur)
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11. 10. Mato Grosso
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11/28 (Divulgação/ Embratur)
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12. 11. Amazonas
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12/28 (Embratur/Fotos Públicas)
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13. 12. Alagoas
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13/28 (Ana Paula Hirama/Flickr/Creative Commons)
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14. 13. Bahia
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14/28 (Divulgação/ Prefeitura de Mata de São João)
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15. 14. Maranhão
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15/28 (Divulgação / Secretaria de Turismo do Maranhão)
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16. 15. Rio Grande do Sul
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16/28 (Flickr)
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17. 16. Ceará
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17/28 (Divulgação/Embratur)
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18. 17. Paraíba
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18/28 (Divulgação / Cacio Murilo)
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19. 18. Espírito Santo
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19/28 (Caroline M/Wikimedia Commons)
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20. 19. Tocantins
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20/28 (Divulgação/Prefeitura)
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21. 20. São Paulo
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21/28 (Germano Lüders/EXAME.com)
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22. 21. Santa Catarina
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22/28 (Embratur/Fotos Públicas)
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23. 22. Minas Gerais
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23/28 (Veja BH/Divulgação)
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24. 23. Paraná
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24/28 (Divulgação/ Prefeitura Campina Grande do Sul)
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25. 24. Mato Grosso do Sul
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25/28 (Reprodução/YouTube)
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26. 25. Rio de Janeiro
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26/28 (Mike Vondran / Flickr Commons)
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27. 26. Goiás
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27/28 (Wikimedia Commons)
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28. 27. Distrito Federal
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28/28 (Divulgação/Embratur)