Economia

Inflação na Zona do Euro fica abaixo da estimativa da OCDE

A inflação na Zona do Euro chegou a 0,7% em abril, informou a OCDE


	Símbolo do euro: índice de inflação avançou dos 0,5%, ao longo de doze meses
 (Daniel Roland/AFP)

Símbolo do euro: índice de inflação avançou dos 0,5%, ao longo de doze meses (Daniel Roland/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2014 às 12h51.

Paris - A inflação na Zona do Euro chegou a 0,7% em abril, informou a OCDE nesta quarta-feira, em meio às expectativas de que o Banco Central Europeu agirá na quinta-feira para afastar os riscos de deflação da eurozona.

O índice de inflação avançou dos 0,5%, ao longo de doze meses, em março do ano passado.

Por todas as 34 democracias da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a inflação firmou-se em 2% em abril.

Houve um salto em comparação ao 1,6% em março.

No Japão, a inflação chegou aos 3,4% em abril, partindo de 1,6% em março, para a taxa mais elevada desde 1991, em razão do crescimento na taxa de consumo.

Para os países da OCDE de fora dos 18 membros da eurozona, o crescimento dos preços foi puxado principalmente pelos 2,7% de aumento no preço da energia.

Os valores da zona do euro são importantes por causa das preocupações relativas ao crescimento lento e aos baixos empréstimos bancários, juntamente com o fortalecimento do euro alavancado pelos fundos que retornam dos mercados emergentes, que podem causar uma queda de preços por período prolongado.

Pode ser extremamento difícil para os bancos centrais conter uma possível deflação por meio de políticas monetárias mais flexíveis, como se espera do BCE na quinta-feira.

Empresas e famílias antecipam quedas de preço e adiam suas compras, o que reduz a demanda e, consequentemente, a atividade econômica, as receitas fiscais e os níveis de emprego.

As tendências deflacionárias são particularmente acentuadas em alguns países da região, aos quais os economistas se referem como Europa emergente, e que inclui alguns membros da UE.

A declaração da OCDE também apontou dados mais recentes da zona do euro, a partir da agência de estatística da UE, que mostra que a inflação em maio caiu 0,5%.

Nos países desenvolvidos, em geral, os bancos centrais projetam sua meta de inflação média para 2%. Isto permite uma liquidez extra nas economias do petróleo, mas não tanto para que as pessoas antecipem uma alta de preços e comecem a estocar e demandar aumentos salariais, o que conduz à chamada inflação de segundo round.

A OCDE apresentou outros percentuais de inflação para abril:

Estados Unidos para 2% de 1,5% em março, Canadá para 2% de 1,5%, Alemanha para 1,3% de 1%, Itália para 0,6% de 0,4% , Reino Unido para 1,8% de 1,6%, França para 0,7% de 0,6%.

Sobre os países do G20 de fora da OCDE, o relatório indicou que a inflação da Índia cresceu a 7,1% (era de 6,7%), da Rússia para 7,3% (6,9%), Brasil para 6,3% (6,2%), África do Sul para 6,2% (6,1%).

Na China, a inflação caiu para 1,8%, dos 2,4% anteriormente.

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