Economia

Inflação na Zona do Euro cai para mínima de três anos e meio

O resultado sinaliza que o Banco Central Europeu pode manter a política monetária frouxa para ajudar na recuperação do bloco


	Símbolo do euro em frente ao BCE: os preços ao consumidor nos 17 países que utilizam o euro desaceleraram para 1,1 por cento em setembro
 (Getty Images)

Símbolo do euro em frente ao BCE: os preços ao consumidor nos 17 países que utilizam o euro desaceleraram para 1,1 por cento em setembro (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2013 às 07h28.

Bruxelas - A inflação na Zona do Euro perdeu fôlego de forma mais forte do que se esperava em setembro e caiu para o menor nível desde fevereiro de 2010, um sinal de que o Banco Central Europeu pode manter a política monetária frouxa para ajudar na recuperação do bloco.

Os preços ao consumidor nos 17 países que utilizam o euro desaceleraram para 1,1 por cento em setembro, contra 1,3 por cento em agosto, levemente abaixo da expectativa do mercado de 1,2 por cento, informou a agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, nesta segunda-feira.

O BCE vai realizar sua reunião de política monetária em Paris na quarta-feira e deve manter a taxa de juros na mínima recorde, deixando-a nesse patamar por um longo período de tempo. Caso necessário, a instituição poderá cortá-la.

A desaceleração de setembro deve-se, sobretudo, aos preços de energia, que recuaram 0,9 por cento no ano, enquanto o aumento nos preços de alimentos, álcool e tabaco desacelerou significativamente para 2,6 por cento, contra 3,2 por cento em agosto.

As frágeis economias do bloco, sofrendo com desemprego recorde e políticas de austeridade, têm visto uma forte queda na taxa de inflação neste ano, enquanto a Grécia enfrenta deflação.

Na Espanha, os preços ao consumidor caíram para o menor nível em quase quatro anos por conta dos efeitos reduzidos no aumento de impostos em vendas, enquanto outros dados mostraram não haver sinal de melhora no sentimento do consumidor.

Na Alemanha, a inflação desacelerou para 1,4 por cento em setembro, ficando bem abaixo da meta do BCE de perto, mas abaixo de 2 por cento, o que não coloca em risco a postura expansionista da política monetária.

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