Rio de Janeiro - Embora tenha fechado negativa em 0,56%, a inflação de julho medida pelo Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) ficou 0,11 ponto percentual maior do que a variação de junho (-0,67%).
Em julho de 2013, a variação foi positiva em 0,43%. O IGP-10 é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
Os dados do IGP-10 foram divulgados hoje (16) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas.
Com o resultado de julho, a inflação acumulada no ano fechou julho em 2,26%, enquanto a acumulada nos últimos 12 meses (a taxa anualizada) passou a 5,55%.
O resultado foi puxado pela alta dos preços ao produtor, com o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), passando de -1,41% para -1,03%, alta de 0,38 ponto percentual de junho para julho.
Houve forte influência na maior variação de preços do grupo bens finais, que fechou julho com taxa de variação de -0,82%, ante -1,45% de junho.
Já o índice do grupo bens intermediários registrou variação de -0,24%, também superior aos -0,35% de junho.
Todos os subgrupos apresentaram aceleração, com destaque para suprimentos, cuja taxa de variação passou de -0,77% para -0,12%.
Já a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 0,24%, em julho, mostrando retração de preços ante 0,39% de junho.
Nesse caso, sete das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo nas taxas de variação.
O principal destaque partiu do grupo habitação (de 0,58% para 0,42%).
Apresentaram decréscimo ainda as taxas de variação dos grupos educação, leitura e recreação (de 0,75% para 0,27%); alimentação (de 0,13% para 0,01%); despesas diversas (de 1,19% para 0,33%); transportes (de 0,21% para 0,16%); saúde e cuidados pessoais (de 0,56% para 0,53%); e comunicação (de 0,20% para 0,06%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) também registrou, em julho, taxa de variação abaixo do resultado do mês anterior, ao cair de 1,78% para 0,58%.
O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,39%, contra os 0,49% do mês de junho.
Já o índice que representa o custo da Mão de Obra registrou variação de 0,74%.
No mês anterior, este índice registrou alta de 2,98%.
-
1. Conscientização
zoom_out_map
1/12 (Divulgação/EXAME.com)
São Paulo – O brasileiro trabalha atualmente 149 dias para pagar os 61 tributos existentes no país. Parece até piada, mas estamos em maio e ainda não completamos esse prazo. E o pior: esse tempo vem aumentando com o passar das décadas, tendo praticamente dobrado desde 1970. As somas arrecadadas pelo governo também vêm batendo novos recordes. Só neste ano, já foram 226,194 bilhões de reais em impostos, a maior quantia registrada no primeiro trimestre de um ano, 12% maior que o valor arrecadado no mesmo período de 2010. É para conscientizar a população sobre o peso dos tributos em produtos e serviços que várias organizações da sociedade civil, encabeçadas pelo Instituto Millenium, promovem ações nesta quarta-feira (25), em comemoração ao Dia da Liberdade de Impostos. Postos de combustível de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Caxias do Sul (RS) vão oferecer até 20 litros de gasolina a cada cliente pelo valor livre de impostos – um percentual de nada menos que 53,03%. Para participar é preciso comparecer na hora marcada e pegar uma senha.
Confira a programação. Além de aproveitar para abastecer o carro, o consumidor vai também conhecer o percentual pago de imposto em diversos produtos ou serviços, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). Alguns dos itens estão listados a seguir.
-
2. Carros e motos
zoom_out_map
2/12 (SXC/Reprodução)
Além de morder metade do preço da gasolina, os impostos abocanham também 40% do valor diesel e um quarto do valor do etanol. Quem tem carro ou moto no Brasil sabe que paga um preço alto ao governo pela comodidade. Se por aqui o peso dos tributos corresponde a algo entre 30% e 40% do preço do carro, em países como Estados Unidos e Japão, esse custo não chega nem a 10%. Um mesmo automóvel pode custar, no México, a metade do que custa no Brasil. Quanto mais potente o motor, maior o percentual. Se for importado, então... table.tableizer-table {border: 1px solid #CCC; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;} .tableizer-table td {padding: 4px; margin: 3px; border: 1px solid #ccc;}.tableizer-table th {background-color: #104E8B; color: #FFF; font-weight: bold;}
Produto | Carga tributária |
---|
Etanol | 25,86% |
Diesel | 40,50% |
Gasolina | 53,03% |
Motos até 125 cc | 43,81% |
Motos acima de 250 cc | 64,65% |
Carro 1.0 (ex. Chevrolet Celta) | 36,82% |
Carro 2.0 (ex. Toyota Corolla) | 41,12% |
-
3. Alimentos
zoom_out_map
3/12 (Jorge Araújo/Folha Imagem)
Os alimentos básicos em geral não carregam mais do que 20% de seu valor em impostos, por serem considerados essenciais. Grande parte dos produtos alimentícios, porém, tem entre 30% e 40% de seu valor em tributos. Uma barra de chocolate de 5 reais, por exemplo, tem 1,93 real em impostos; de 30 reais pagos em 500 gramas de linguado, vão-se 10,34 reais em tributos; e mesmo dos 6 reais pagos em um pacote de lentilhas, 2,17 reais são tributos. Veja o percentual de tributos do preço de alimentos bastante consumidos pelos brasileiros. Note que muitos dos que sofrem tributação pesada não são exatamente supérfluos. table.tableizer-table {border: 1px solid #CCC; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;} .tableizer-table td {padding: 4px; margin: 3px; border: 1px solid #ccc;}.tableizer-table th {background-color: #104E8B; color: #FFF; font-weight: bold;}
Produto | Carga tributária |
---|
Achocolatado | 38,06% |
Açúcar | 32,33% |
Adoçante | 37,19% |
Arroz e feijão | 17,24% cada |
Bacalhau importado | 43,78% |
Biscoito | 37,30% |
Café com leite | 19,98% |
Leite | 18,65% |
Camarão | 33,29% |
Carne bovina | 17,47% |
Chocolate | 38,60% |
Frango | 16,80% |
Frutas | 21,78% |
Iogurte | 33,06% |
Lentilha | 36,20% |
Macarrão | 18,28% |
Manteiga | 36,01% |
Óleo de cozinha | 26,05% |
Ovo | 20,59% |
Pão | 16,86% |
Peixe | 34,48% |
Peru, chester ou pernil | 29,32% |
Sorvete | 37,98% |
-
4. Bebidas
zoom_out_map
4/12 (Getty Images / Allison Shelley)
É de se esperar que a carga tributária de bebidas alcoólicas seja alta, uma vez que produtos considerados supérfluos são taxados pesadamente. Mas os impostos sobre bebidas de toda sorte não poupam nem mesmo a água mineral, tributada em 43,91% do valor da garrafa. Refrigerantes também rendem somas polpudas aos cofres públicos. Uma lata de 3 reais destina 1,37 real, quase metade do seu valor, ao pagamento de impostos. A quantidade de tributos também pode ser assustadora. Uma bebida alcoólica importada sofre a incidência de seis tributos, mais impostos sobre salários. Na tabela a seguir, algumas das bebidas mais consumidas pelos brasileiros: table.tableizer-table {border: 1px solid #CCC; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;} .tableizer-table td {padding: 4px; margin: 3px; border: 1px solid #ccc;}.tableizer-table th {background-color: #104E8B; color: #FFF; font-weight: bold;}
Produto | Carga tributária |
---|
Água mineral | 43,91% |
Cachaça | 81,87% |
Caipirinha | 76,66% |
Cerveja | 54,80% |
Refrigerante lata | 45,80% |
Refrigerante garrafa | 43,91% |
Suco pronto | 36,21% |
Vinho | 54,73% |
-
5. Tarifas de serviços
zoom_out_map
5/12 (Caio Coronel/Ag. Itaipu)
Ter dinheiro para pagar as contas é fundamental, principalmente num país em que os impostos respondem por quase a metade do valor dos serviços como luz e telefone.
O governo até estuda reduzir os impostos sobre a energia elétrica para diminuir a inflação. Mas enquanto isso não ocorre, o serviço continua pesando no bolso do consumidor. table.tableizer-table {border: 1px solid #CCC; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;} .tableizer-table td {padding: 4px; margin: 3px; border: 1px solid #ccc;}.tableizer-table th {background-color: #104E8B; color: #FFF; font-weight: bold;}
Produto | Carga tributária |
---|
Conta de luz | 47,08% |
Conta de telefone | 46,12% |
Gás de cozinha | 34,04% |
Serviço de TV por assinatura | 46,12% |
-
6. PlayStation 3
zoom_out_map
6/12 (Divulgação/Sony)
Nesse universo repleto de importados, ninguém mais se surpreende com a alta carga tributária dos produtos. Um console de videogame, por exemplo, tem mais de 70% de seu preço só de imposto. Isso significa que, livre de tributos, um Playstation 3 de 1.500 reais poderia sair por 450 reais. Mas não para por aí. Um simples forno microondas é tributado em 60% e um aparelho celular em 40%. table.tableizer-table {border: 1px solid #CCC; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;} .tableizer-table td {padding: 4px; margin: 3px; border: 1px solid #ccc;}.tableizer-table th {background-color: #104E8B; color: #FFF; font-weight: bold;}
Produto | Carga tributária |
---|
Aparelho de som | 36,80% |
Aparelho MP3 ou iPod | 49,45% |
Computador acima de 3.000 reais | 33,62% |
Computador até 3.000 reais | 24,30% |
Ferro de passar | 45,25% |
Fogão de 4 bocas | 27,28% |
Geladeira | 36,98% |
Microondas | 59,37% |
Telefone celular | 39,80% |
Televisor | 44,94% |
Torradeira elétrica | 48,21% |
Ventilador | 34,30% |
Videogames | 72,18% |
-
7. Saúde e bem estar
zoom_out_map
7/12 (Afonso Lima/SXC)
Pela regra de afrouxar a tributação dos produtos essenciais, os preservativos, isentos de ICMS, sofrem uma taxação de “apenas” 18,75%. Um vidro de protetor solar, por outro lado, tem mais de 40% de seu valor em impostos. Isso num país em que o câncer de maior incidência é o de pele. Medicamentos em geral são taxados em 34%, e não podem ser considerados exatamente dispensáveis.
O próprio ministro da Saúde, Alexandre Padilha, já defendeu a desoneração de remédios, medida que não está inclusa na reforma tributária do governo. table.tableizer-table {border: 1px solid #CCC; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;} .tableizer-table td {padding: 4px; margin: 3px; border: 1px solid #ccc;}.tableizer-table th {background-color: #104E8B; color: #FFF; font-weight: bold;}
Produto | Carga tributária |
---|
Academia | 26,86% |
Medicamentos | 33,87% |
Preservativo | 18,75% |
Protetor solar | 41,74% |
-
8. Educação
zoom_out_map
8/12 (Kiko Ferrite/Exame)
Os pais que ficam tensos todo início de ano com os preços do material escolar podem ter certeza de que boa parte daquilo que estão pagando é formada por impostos. Quase metade do preço de uma caneta, agenda, borracha, régua ou mesmo de um apontador vai para os cofres públicos. Nas mensalidades, a carga é um pouco mais “leve”, e corresponde a cerca de um quarto do valor, tanto para escolas, quanto faculdades e cursos de idiomas. De um valor de 800 reais, por exemplo, aproximadamente 200 reais são impostos. table.tableizer-table {border: 1px solid #CCC; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;} .tableizer-table td {padding: 4px; margin: 3px; border: 1px solid #ccc;}.tableizer-table th {background-color: #104E8B; color: #FFF; font-weight: bold;}
Produto | Carga tributária |
---|
Agenda escolar, apontador e borracha | 43,19% |
Caderno universitário e lápis | 34,99% |
Caneta | 47,78% |
Estojos para lápis | 40,33% |
Fichário | 39,38% |
Mensalidades (escola, curso de idiomas e faculdade particular) | 26,32% |
Mochilas | 39,62% |
Régua | 44,65% |
-
9. Vestuário
zoom_out_map
9/12 (Lion Hirth/Wikimedia Commons)
Roupas e sapatos são tributados em 35%. Curiosamente, calças jeans têm uma carga tributária maior, de 38%, o que equivale a dizer que de um par de jeans de 300 reais, 105 reais são só impostos. Jóias, como artigos supérfluos de luxo, são tributadas em 50%. Nada mal para artigos cujos preços não costumam ter menos de quatro dígitos. table.tableizer-table {border: 1px solid #CCC; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;} .tableizer-table td {padding: 4px; margin: 3px; border: 1px solid #ccc;}.tableizer-table th {background-color: #104E8B; color: #FFF; font-weight: bold;}
Produto | Carga tributária |
---|
Biquíni | 33,44% |
Bolsa | 39,95% |
Bolsa de couro | 41,52% |
Calça jeans | 38,53% |
Chinelo | 31,09% |
Jóias | 50,44% |
Roupas | 34,67% |
Sapatos | 36,17% |
-
10. Lazer
zoom_out_map
10/12 (Marcus RG/Flickr)
Comer em restaurantes com frequência é apontado como um dos principais vilões do orçamento doméstico. Principalmente em grandes cidades brasileiras, onde as refeições fora de casa já podem ser consideradas caras, para padrões internacionais. Do custo médio de 21 reais de uma refeição em restaurante, 6,78 reais são impostos. Mas há percentuais ainda mais alarmantes. Bicicletas e bolas de futebol são tributadas em nada menos que 46%. Quem estiver atrás de uma boa bike de 18 marchas de 2.500 reais, por exemplo, vai destinar por volta de 1.150 para os cofres públicos. table.tableizer-table {border: 1px solid #CCC; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;} .tableizer-table td {padding: 4px; margin: 3px; border: 1px solid #ccc;}.tableizer-table th {background-color: #104E8B; color: #FFF; font-weight: bold;}
Produto | Carga tributária |
---|
Barco | 28,31% |
Bicicleta | 45,93% |
Bola de futebol | 46,49% |
Brinquedos | 39,70% |
Hospedagem em hotel | 29,56% |
Jornal | 14,09% |
Livros | 15,52% |
Mensalidade de clube | 26,86% |
Patins | 52,78% |
Rações para gato e cão | 41,26% |
Refeição em restaurante | 32,31% |
Revistas | 18,73% |
Teatro e cinema | 30,25% |
-
11. Produtos de higiene
zoom_out_map
11/12 (Andrés Nieto/Flickr)
Produtos de higiene também podem ser considerados essenciais. E sua carga tributária não é nada leve. Produtos de uso contínuo, como absorventes higiênicos, fraldas descartáveis e pastas de dente têm cerca de 35% de seu valor em impostos. Para um pacote de papel higiênico a carga já beira os 40%, o que significa dizer que por 5 reais desembolsados em quatro rolos, o consumidor deixa 2 reais em tributos. table.tableizer-table {border: 1px solid #CCC; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;} .tableizer-table td {padding: 4px; margin: 3px; border: 1px solid #ccc;}.tableizer-table th {background-color: #104E8B; color: #FFF; font-weight: bold;}
Produto | Carga tributária |
---|
Absorvente higiênico | 34,48% |
Aparelho de barbear | 40,78% |
Condicionador de cabelo | 37,37% |
Desodorantes | 37,37% |
Escova de dentes | 34,00% |
Fralda descartável | 34,21% |
Papel higiênico | 39,94% |
Pasta de dentes | 34,67% |
Perfume importado | 78,43% |
Perfume nacional | 69,13% |
Sabonete | 37,09% |
Shampoo | 44,20% |
-
12. Produtos de limpeza
zoom_out_map
12/12 (Lia Lubambo/EXAME)
Da lista do IBPT, os itens que mais chamam a atenção na cesta de produtos de limpeza são o sabão em pó e a esponja de aço, cuja carga tributária fica em torno de 40%. Isso quer dizer que de 2 reais pagos num pacotinho de palha de aço, 81 centavos são imposto; e que de 6 reais pagos numa caixa de sabão para lavar roupas, 2,45 reais são tributos. table.tableizer-table {border: 1px solid #CCC; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;} .tableizer-table td {padding: 4px; margin: 3px; border: 1px solid #ccc;}.tableizer-table th {background-color: #104E8B; color: #FFF; font-weight: bold;}
Produto | Carga tributária |
---|
Desinfetante | 26,05% |
Detergente | 30,37% |
Esponja de aço | 40,62% |
Sabão em pó | 40,80% |
Sabão em barra | 30,37% |