Economia

Inflação fraca aumenta problemas econômicos do Japão

Banco Central continua sob pressão diante de surto de coronavírus e fraco crescimento econômico

Japão: inflação fraca aumenta preocupações com a economia (Keith Tsuji/Getty Images)

Japão: inflação fraca aumenta preocupações com a economia (Keith Tsuji/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 21 de fevereiro de 2020 às 09h06.

Tóquio - O núcleo da inflação anual ao consumidor no Japão acelerou apenas um pouco em janeiro, mantendo o banco central sob pressão para continuar com seu estímulo monetário maciço em apoio a uma economia frágil.

A inflação teimosamente fraca é uma preocupação para a terceira maior economia do mundo, no momento em que enfrenta um surto de coronavírus e crescimento fraco. O Banco do Japão não está com disposição para aumentar seu já enorme estímulo monetário, temendo ter pouca munição para combater a próxima crise financeira.

No entanto, o presidente do banco central, Haruhiko Kuroda, disse que considerará uma flexibilização adicional se o surto de coronavírus ameaçar significativamente a economia e a inflação do Japão, chamando o vírus semelhante à gripe de "maior incerteza" para a economia.

O núcleo do índice de preços ao consumidor do Japão, que inclui derivados de petróleo mas exclui preços voláteis de alimentos frescos, subiu 0,8% no ano até janeiro, liderado pelos custos da gasolina, mostraram dados do Ministério de Assuntos Internos e Comunicações do país. Isso após um ganho de 0,7% em dezembro, igualando a estimativa de economistas.

As tendências de preços no Japão estão sob pressão devido ao fraco crescimento dos salários e à queda nos lucros das empresas, ao declínio do turismo em meio ao novo surto de vírus e à piora da economia chinesa, que está pesando nos mercados globais de petróleo e commodities, disse Yasunari Ueno, economista-chefe de mercado da Mizuho Securities.

Acompanhe tudo sobre:InflaçãoJapão

Mais de Economia

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta