Economia

Inflação foi de 0,25% em março e está quase na meta

A inflação no primeiro trimestre de 2017 foi a mais baixa para o período desde o início do Plano Real em 1994

Supermercado lotado no Espírito Santo (Arquivo/Agência Brasil)

Supermercado lotado no Espírito Santo (Arquivo/Agência Brasil)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 7 de abril de 2017 às 09h03.

Última atualização em 7 de abril de 2017 às 09h52.

São Paulo - A inflação no Brasil foi de 0,25% em março, divulgou na manhã desta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

É menos do que os 0,33% registrados em fevereiro e do que os 0,46% de março do ano passado. A expectativa do mercado era de exatos 0,25%, segundo pesquisa da Bloomberg.

A taxa acumulada no primeiro trimestre é de 0,96%, bem abaixo dos 2,62% no mesmo período de 2016. É a menor inflação nos primeiros três meses do ano desde o início do Plano Real, em 1994.

Com isso, o acumulado de 12 meses chegou a 4,57%, quase no centro da meta de 4,5% definida pelo governo - com tolerância de dois pontos percentuais para cima (6,5%) ou para baixo (2,5%).

A última vez que o IPCA em 12 meses ficou no centro da meta foi em agosto de 2010, quando atingiu 4,49%.

Grupos

Alimentação e Bebidas, de longe o grupo com maior peso no índice, passou de uma queda de 0,45% em fevereiro para uma alta de 0,34% em março.

Alguns produtos importantes ficaram mais caros no mês: é o caso do tomate (14,47%), ovos (5,86%) e leite longa vida (2,6%).

Outros ficaram mais baratos, com destaque para o feijão-preto (-9,11%), o feijão-carioca (-5,59%) e o feijão-mulatinho (-4,50%).

4 grupos monitorados tiveram queda de preços no mês. Transportes ficou em -0,86% puxado por quedas de 2,21% na gasolina, 5,10% no etanol e 9,63% nas passagens aéreas.

Já o grupo Comunicação ficou em -0,63%, fruto em parte de uma redução nas tarifas das ligações de fixo para móvel a partir do dia 25 de fevereiro.

O maior impacto individual foi da energia elétrica, que sozinha contribuiu com 0,15 ponto percentual no índice do mês.

O reajuste de 9,8% nas refinarias refletiu em um aumento de 1,13% no preço dos botijões de gás. Estes foram alguns dos fatores por trás da alta de 1,18% no grupo Habitação em março.

Educação, que havia subido 5,04% em fevereiro em grande parte por causa dos reajustes de mensalidade, teve a segunda maior alta de março, mas bem mais modesta em 0,95%.

Despesas Pessoais, que foi de 0,31% em fevereiro para 0,52% em março, sofreu impacto de uma alta de 1,68% em certas marcas de cigarro em algumas regiões.

GrupoVariação fevereiro, em %Variação março, em %
Índice Geral0,330,25
Alimentação e Bebidas-0,450,34
Habitação0,241,18
Artigos de Residência0,18-0,29
Vestuário-0,13-0,12
Transportes0,24-0,86
Saúde e cuidados pessoais0,650,69
Despesas pessoais0,310,52
Educação5,040,95
Comunicação0,66-0,63

 

GrupoImpacto fevereiro, em p.p.Impacto março, em p.p.
Índice Geral0,330,25
Alimentação e Bebidas-0,110,09
Habitação0,040,18
Artigos de Residência0,01-0,01
Vestuário-0,01-0,01
Transportes0,040,16
Saúde e cuidados pessoais0,080,08
Despesas pessoais0,030,06
Educação0,230,04
Comunicação0,02-0,02

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