Pandora Papers: Guedes é acionista de uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas, paraíso fiscal no Caribe (Adriano Machado/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 10 de setembro de 2021 às 13h24.
Última atualização em 10 de setembro de 2021 às 13h51.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o Brasil atualmente passa pelo pior momento de inflação, mas que deve terminar o ano entre 7,5% e 8%, voltando ao topo da banda de inflação em 2022, se aproximando de 4% em 2022.
Guedes, em evento do Credit Suisse, comentou sobre a independência formal do Banco Central, que tem o objetivo de controlar a "inflação transitória". E disse que a outra parte do trabalho será feita pelo Ministério da Economia, que tem lutado uma batalha diária a favor do compromisso fiscal. "Acho que vamos ser bem sucedidos em conter inflação. Também temos gatilhos fiscais em todos os entes federativos."
O ministro ainda destacou que sua equipe foi bem sucedida em não transformar os gastos transitórios com a pandemia de covid-19 em permanentes, citando que os gastos em proporção do PIB devem terminar o governo em 17,5%, aquém do início da administração Bolsonaro.
Quanto ao déficit primário em relação ao PIB, Guedes repetiu que deve terminar este ano em 1,5% e 2022 em 0,3% ou "até mesmo zero".
Guedes ainda citou novamente a criação de empregos formais e que os informais estão voltando com a vacinação massiva.
O ministro também afirmou que é esperada uma desaceleração do crescimento após a recuperação em 'V' da economia, mas que está confiante de que as reformas estruturais vão garantir um crescimento robusto para 2022.
Segundo Guedes, a economia brasileira está passando por uma transição gradual do crescimento baseado no consumo, que contou com a ajuda das transferências governamentais, para um crescimento sustentável guiado pelos investimentos.
"Estamos lutando pelo crescimento sustentável guiado pelo investimento", afirmou Guedes.