Economia

Inflação deve ter pico de 7,18% em 12 meses, estima conselho

Segundo a Corecon-SP, a partir de maio, os preços começam a subir menos, mas a redução será insuficiente para baixar a inflação acumulada em 12 meses fechados em agosto

Segundo o presidente da entidade, Hebron do Carmo, o BC deve aumentar a Selic em 0,25 até que a inflação comece a cair (Divulgação/Corecon-SP)

Segundo o presidente da entidade, Hebron do Carmo, o BC deve aumentar a Selic em 0,25 até que a inflação comece a cair (Divulgação/Corecon-SP)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2011 às 14h12.

São Paulo – A inflação deve continuar subindo nos próximos meses, segundo o Conselho Regional de Economia de São Paulo (Corecon-SP). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que em abril chegou a 6,51%, deve atingir 7,18% em agosto. A previsão foi feita hoje (6) pelo presidente da entidade, Heron do Carmo, e se refere ao aumento de preços de produtos e serviços acumulado em 12 meses.

Heron do Carmo disse que, a partir de maio, os preços começam a subir menos do que o verificado no fim de 2010 e início de 2011. Essa redução, entretanto, não será suficiente para fazer baixar a inflação acumulada durante o período de um ano, pelo menos até agosto.

A partir daí, a inflação deve começar a recuar. Em 12 meses fechados em dezembro, de acordo com as estimativas do Corecon-SP, o IPCA deve ficar em 6,10%. “O centro da meta de inflação [4,5% ao ano] está perdido, mas vamos ficar dentro da margem de 2 pontos para cima”, disse o economista.

Para que isso ocorra, ele já estima novas altas na taxa básica de juros, a Selic. Segundo Heron, o Comitê de Política Monetária do Banco Central deve aumentar a taxa em 0,25 ponto percentual a cada reunião, até setembro. “O mais provável é que o Banco Central aumente o juros em 0,25 pontos até que a inflação comece a cair”, afirmou. Atualmente, a Selic está em 12% ao ano.

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