São Paulo - Inflação e desemprego: quando a economia vai mal, são estes os números que atingem em cheio a vida dos cidadãos. Foi isso que levou o economista americano Arthur Okon, nos anos 60, a juntar as duas taxas para criar o "índice de infelicidade" (misery index, em inglês). O ranking atual dos mais "infelizes" junta países latino-americanos, europeus e africanos. Alguns tem deflação com desemprego altíssimo (como Grécia) enquanto outros tem inflação em disparada com desemprego de um dígito (como a líder Venezuela).  O Brasil não entrou no top 12 mundial apesar de estar com sua maior "infelicidade" em uma década, com inflação perto de 10% e desemprego em 7,5% (veja a série histórica até o primeiro trimestre). Estudos já mostraram uma correlação forte entre o índice de infelicidade e a popularidade de presidentes. Um trabalho de Chor Foon Tang e Hooi Hooi Lean encontrou uma relação também com aumento da criminalidade. Em 2001, Rafael Di Tella, Robert J. MacCulloch e Andrew J. Oswald se basearam em pesquisas de felicidade em 12 países europeus e nos EUA para concluir que as pessoas se incomodam mais com o desemprego do que com a inflação. Veja os 12 países com maior índice de infelicidade de acordo com os últimos dados disponíveis:    

Desemprego: 7,8% Inflação: 62,2%

Desemprego: 33% Inflação: 34,8%

Desemprego: 60% Inflação: 2,9%

Desemprego: 7,7% Inflação: 36,4%

Desemprego: 27% Inflação: 8,2%

Desemprego: 28,1% Inflação: 3,9%

Desemprego: 25% Inflação: 6,1%

Desemprego: 28% Inflação: -0,1%

Desemprego: 26,1% Inflação: 1,7%

Desemprego: 10,3% Inflação: 15,8%

Desemprego: 26,8% Inflação: -1,3%

Desemprego: 24,3% Inflação: -0,2%