Economia

Inflação é a menor para janeiro desde a criação do Real

A meta do governo para a inflação em 2018 é de 4,5%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo (3%) ou para cima (6%)

FEIRA EM SÃO PAULO:  inflação de novembro deve mostrar desaceleração  / Bloomberg / Getty Images (Reprodução/Getty Images)

FEIRA EM SÃO PAULO: inflação de novembro deve mostrar desaceleração / Bloomberg / Getty Images (Reprodução/Getty Images)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 8 de fevereiro de 2018 às 09h07.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2018 às 10h22.

São Paulo - A inflação foi de 0,29% em janeiro no Brasil, informou nesta quinta-feira (08) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

Foi a menor taxa do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para janeiro desde a criação do Plano Real. Em janeiro de 2017, a inflação ficou em 0,38%.

A alta de preços ficou em 2,86% no acumulado dos últimos 12 meses, menos do que os 2,95% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores e ainda abaixo do piso da meta.

A meta do governo para a inflação em 2018 é de 4,5%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo (3%) ou para cima (6%).

Grupos

Dos 9 grupos que compõe o IPCA, 5 aceleraram e 4 desaceleraram em relação ao mês anterior.

Alimentação e Bebidas, de longe o grupo com maior peso no índice, foi de 0,54% em dezembro para 0,74% em janeiro.

O grupo Habitação teve queda de preços puxada pela conta de energia elétrica, que ficou 4,73% mais barata.

O motivo foi o fim da bandeira tarifária vermelha patamar 1 que estava vigorando em dezembro e causava cobrança adicional de R$ 3,00 por cada kwh consumido.

Transportes desacelerou em relação a dezembro, com influência de uma queda de 1,35% no preço das passagens aéreas e de 0,74% no conserto de automóveis.

Ainda assim, o grupo teve a maior alta do mês (1,10%), pressionado por uma alta de 2,58% nos combustíveis puxada pela gasolina (2,44%) e o etanol (3,55%).

Também causaram impacto os reajustes nas tarifas de ônibus urbanos  em cidades como São Paulo e Salvador e dos ônibus intermunicipais de Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo e outras cidades.

O resultado negativo do grupo de Vestuário foi puxado por quedas em itens como calçados (-0,98%), roupa masculina (-1,12%), roupa feminina (-0,93%) e roupa infantil (-1,14%).

“Esse resultado pode ser explicado por algumas promoções que aconteceram para realinhar os preços após a alta durante o final do ano passado”, explica o gerente do IPCA, Fernando Gonçalves, em nota.

GrupoVariação dezembro, em %Variação janeiro, em %
Índice Geral0,440,29
Alimentação e Bebidas0,540,74
Habitação-0,40-0,85
Artigos de Residência0,030,14
Vestuário0,84-0,98
Transportes1,231,10
Saúde e cuidados pessoais0,400,42
Despesas pessoais0,420,22
Educação0,150,22
Comunicação-0,110,11

 

GrupoImpacto dezembro, em p.p.Impacto janeiro, em p.p.
Índice Geral0,440,29
Alimentação e Bebidas0,130,18
Habitação-0,06-0,13
Artigos de Residência0,000,01
Vestuário0,05-0,06
Transportes0,220,20
Saúde e cuidados pessoais0,050,05
Despesas pessoais0,040,03
Educação0,010,01
Comunicação0,000,00

 

Acompanhe tudo sobre:IBGEInflaçãoIPCAPreços

Mais de Economia

Haddad diz que pacote de corte de gastos está fechado com Lula e será anunciado em breve

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump