Economia

Inflação da zona do euro sobe mais do que o esperado

O Escritório de Estatísticas da União Europeia estimou que os preços ao consumidor nos 17 países que usam o euro subiram 2,6% na comparação anual


	O BCE quer manter a inflação abaixo, mas próximo, de 2%
 (Alex Domanski/Reuters)

O BCE quer manter a inflação abaixo, mas próximo, de 2% (Alex Domanski/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2012 às 07h45.

Bruxelas - A inflação da zona do euro subiu em agosto mais do que o esperado, mostraram nesta sexta-feira dados que podem desestimular o Banco Central Europeu (BCE) a reduzir novamente os juros na próxima quinta-feira.

O Escritório de Estatísticas da União Europeia estimou que os preços ao consumidor nos 17 países que usam o euro subiram 2,6 por cento na comparação anual, acelerando ante a alta de 2,4 por cento em julho e acima da expectativa do mercado de um avanço de 2,5 por cento.

"Essa é a primeira vez que a taxa de inflação da zona do euro acelerou desde setembro do ano passado, e achamos que deve subir mais em setembro", escreveu em nota o economista do Barclays Capital François Cabau.

A taxa de inflação tinha recuado de maneira estável ante os 3 por cento registrados em novembro de 2011 para se estabilizar em 2,4 por cento em maio, junho e julho, conforme a economia da zona do euro desacelerou com força devido à crise de dívida soberana.

O BCE quer manter a inflação abaixo, mas próximo, de 2 por cento, e espera que a taxa caia abaixo de 2 por cento até o fim do ano.

O banco central também busca maneiras de impulsionar o crescimento econômico em uma zona do euro estagnada e pode reduzir na próxima semana sua principal taxa de refinanciamento, que está em 0,75 por cento.

O Produto Interno Bruto da zona do euro ficou inalterado no primeiro trimestre do ano na comparação trimestral e contraiu 0,2 por cento no segundo.

Evidências de uma forte desaceleração da economia foram vistas na taxa de desemprego, que atingiu nova máxima para a zona do euro de 11,3 por cento em julho, inalterado ante o dado revisado para junho.

A alta do desemprego deve limitar as pressões inflacionárias nos próximos meses, o que o BCE pode ver como um argumento a favor de cortar os juros.

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