Economia

Inflação da cerveja é quase o dobro da taxa oficial

Valor médio da bebida acumula alta de 6,52% de janeiro a setembro, segundo IPCA


	Mulher bebendo cerveja: aumento acumulado da cerveja em 12 meses até setembro é de quase 11%
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Mulher bebendo cerveja: aumento acumulado da cerveja em 12 meses até setembro é de quase 11% (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2013 às 18h18.

São Paulo - O verão só chega oficialmente em dezembro, mas o consumidor brasileiro já paga mais na hora de comprar cerveja, bebida que continua sendo uma das mais apreciadas no País. De janeiro a setembro, o valor médio da cerveja acumula alta de 6,52% conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicador da inflação oficial no País. No acumulado em 12 meses até setembro, o aumento da cerveja atinge 10,05%, contra 5,86% do IPCA.

No IPCA de setembro, que engloba preços colhidos em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia, Salvador, Recife, Porto Alegre, Belém, Belo Horizonte, Curitiba e Fortaleza, o preço da cerveja avançou 1,17%.

Na cidade de São Paulo, a situação se repete. O aumento acumulado da cerveja em 12 meses até setembro é de quase 11%, enquanto o indicador da inflação na capital paulista, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), é de 4,57%. No ano até o nono mês, a cerveja ficou 5,51% mais cara e avançou mais de 3% apenas em setembro, segundo a Fundação Institutos de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Difícil é apontar um único motivo para o encarecimento da cerveja, segundo analistas. Uma das justificativas está no aumento do preço do trigo e seus derivados no exterior nos últimos meses. A pressão estaria sendo causada pelas incertezas com a safra de grãos nos Estados Unidos e em razão de problemas climáticos na Argentina e também no Brasil.

Outro argumento é a renda aquecida, que tem garantido mais dinheiro no bolso do consumidor. Há ainda o efeito tardio da depreciação do câmbio no final do segundo trimestre. "Pode ser que seja a sazonalidade", disse o economista e coordenador do IPC-Fipe, Rafael Costa Lima.

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