Economia

Indústria do Japão pede a Trump cuidado sobre tarifas para aço

Indústria siderúrgica japonesa disse que proposta do Departamento de Comércio dos EUA viola princípios do livre comércio

Donald Trump: o Departamento de Comércio dos EUA recomendou que o presidente imponha limites à importação de aço e alumínio da China e de outros países, (Jim Lo Scalzo/Reuters)

Donald Trump: o Departamento de Comércio dos EUA recomendou que o presidente imponha limites à importação de aço e alumínio da China e de outros países, (Jim Lo Scalzo/Reuters)

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Reuters

Publicado em 19 de fevereiro de 2018 às 17h28.

Tóquio - A indústria siderúrgica do Japão afirmou nesta segunda-feira que a proposta do Departamento de Comércio dos Estados Unidos para criação de limites à importação de aço viola os princípios do livre comércio e pediu para o presidente norte-americano, Donald Trump, tomar uma decisão cuidadosa e apropriada.

O Departamento de Comércio dos EUA recomendou na sexta-feira que Trump imponha limites à importação de aço e alumínio da China e de outros países, que variam entre desde medidas globais a tarifas para países específicos e cotas de importações gerais.

"As recomendações violam os princípios do livre comércio, que são a fundação para o desenvolvimento e prosperidade da economia global", disse o presidente da Federação de Ferro e Aço do Japão, Kosei Shindo, em comunicado.

"Esperamos que Trump tenha um julgamento cuidadoso e apropriado", disse Shindo, que também preside o maior grupo produtor de aço do Japão, a Nippon Steel & Sumitomo Metal Corp.

Yasuji Komiyama, diretor da divisão industrial do Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão, afirmou que o "Japão acredita que importações de aço e alumínio do Japão pelos EUA não representam uma ameaça à segurança nacional dos EUA".

O Japão exporta cerca de 2 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos por ano para os EUA, cerca de 5 por cento de suas vendas externas, mas os produtores japoneses estão preoucpados com a política de comércio norte-americana.

"Se os EUA tomarem uma ação (de limitar as importações) isso pode disparar retaliação por outros países. O que é preocupante é ver o mundo caminhar para o protecionismo", disse Eiji Hayashida, presidente da JFE Holdings, segundo maior grupo siderúrgico do Japão, na semana passada.

 

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