Economia

Indústria da construção civil completa um ano sem expansão

No mês passado, informou a CNI, o nível de atividade do setor caiu pelo quinto mês consecutivo


	Indústria: a margem de lucro – nesse caso, o levantamento é trimestral – foi considerada insatisfatória, com 44,7 pontos ante os 47 pontos do primeiro trimestre de 2012.
 (Christopher Furlong/Getty Images)

Indústria: a margem de lucro – nesse caso, o levantamento é trimestral – foi considerada insatisfatória, com 44,7 pontos ante os 47 pontos do primeiro trimestre de 2012. (Christopher Furlong/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2013 às 13h29.

Brasília - A indústria da construção civil completou, em março, um ano sem registrar crescimento, informou hoje (24) a Confederação Nacional da Indústria (CNI). No mês passado, informou a confederação, o nível de atividade do setor caiu pelo quinto mês consecutivo, com o indicador alcançando 48,9 pontos, influenciado pelas pequenas e médias empresas. Os dados fazem parte da Sondagem Indústria da Construção. Os indicadores da CNI variam de 0 a 100 e valores abaixo de 50 indicam queda da atividade ou atividade abaixo da usual.

A sondagem destaca que o desaquecimento da indústria da construção fica claro no indicador de atividade em relação ao usual, que em março foi o menor da série e atingiu 45,2 pontos, abaixo dos 50 pontos. Já o indicador que mede a capacidade de operação das empresas do setor ficou estável em 70%, mesmo nível de março do ano passado. Mas a CNI constatou que o número de empregados vem mostrando redução desde novembro de 2012. No mês passado, o indicador atingiu 48 pontos ante aos 51,7 registrados em março de 2012.

A margem de lucro – nesse caso, o levantamento é trimestral – foi considerada insatisfatória, com 44,7 pontos ante os 47 pontos do primeiro trimestre de 2012. O preço das matérias-primas, cujo indicador também é feito a cada três meses, assinalou 62,7 pontos ante aos 60,2 pontos do intervalo de outubro e dezembro de 2012.

Segundo a sondagem, a elevada carga tributária é um dos principais problemas, e foi apontada por 50,8% dos empresários, além da falta de trabalhador qualificado, assinalada por 42,5%, e do alto custo da mão de obra, com 34,5%. Por outro lado, existe otimismo no setor, embora os indicadores sejam inferiores aos de abril do ano passado. Neste mês, informou a CNI, o indicador das perspectivas para nível de atividade registrou 58,7 pontos, ante 60,3 pontos em abril de 2012. Em relação a novos empreendimentos e serviços, o indicador ficou em 59,2 pontos, menos do que os 60,5 pontos de abril do ano passado.

A Sondagem Indústria da Construção foi feita entre os dias 1º e 11 de abril com 424 empresas de todo o país, das quais 136 são de pequeno porte, 195 médias e 93 de grande porte.

Acompanhe tudo sobre:CNI – Confederação Nacional da Indústriaeconomia-brasileiraIndústriaIndústrias em geral

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto