Expectativas dos empresários da indústria da construção para os próximos meses também pioraram em novembro (iStock/Thinkstock)
Estadão Conteúdo
Publicado em 28 de novembro de 2017 às 12h13.
Brasília - A despeito da recuperação da atividade em diversos setores da economia, a indústria da construção ainda enfrenta dificuldades, de acordo com a sondagem do setor divulgada nesta terça-feira, 28, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Em uma escala na qual valores abaixo dos 50 pontos significam queda na produção, o índice de evolução do nível de atividade no setor ficou em 46,9 pontos em outubro.
Em setembro, o indicador estava em 46,4 pontos. E, em outubro do ano passado o índice estava ainda pior, em 40,0 pontos.
A situação é mais grave com relação ao emprego no setor, que ampliou o ritmo de queda no mês passado.
O indicador de número de empregados recuou de 45,2 pontos em setembro para 43,1 pontos em outubro, o que significa que houve mais demissões no mês. Em outubro de 2016, o índice estava em 37,7 pontos.
Mesmo com queda na produção e na quantidade de empregados, a Utilização da Capacidade de Operação (UCO) no setor avançou pelo quarto mês consecutivo e chegou a 59%, ante 58% em setembro. Ainda assim, a ociosidade ficou 4 pontos porcentuais acima da média histórica para o mês.
As expectativas dos empresários da indústria da construção para os próximos meses também pioraram em novembro.
Em uma escala na qual valores acima de 50 pontos indicam otimismo, as perspectivas para o nível de atividade recuaram de 51,7 pontos para 50,4 pontos neste mês. Já a expectativa de novos empreendimentos caiu de 50,6 pontos para 50 pontos.
O pessimismo para a compra de matérias-primas se ampliou, com o índice passando de 49,6 pontos para 49,4 pontos.
Da mesma forma, a expectativa de fechamento de vagas de trabalho no setor ficou maior, com o índice se distanciando dos 50 pontos ao passar de 49,8 pontos para 49,0 pontos.