O crescimento da produção industrial chinesa desacelerou em julho e refletiu os esforços do governo em reduzir o ritmo de crescimento da economia do país. Segundo divulgado nesta terça-feira (10/8) pelo Birô Nacional de Estatísticas, a produção, medida pelo valor agregado pela indústria, cresceu 15,5% em julho sobre o mesmo mês do ano passado, e atingiu 440,9 bilhões de yuans (cerca de 53,26 bilhões de dólares) (clique aqui e leia reportagem da revista EXAME sobre a estratégia da China para atrair investimentos estrangeiros).

O desempenho ficou dentro das expectativas do mercado, que também projetava uma expansão de 15,5%. A taxa, porém, foi inferior aos 16,2% de junho. Entre janeiro e julho, o valor agregado pela indústria aumentou 17,3% na comparação com 2003, somando 2,934 trilhões de yuans. O valor agregado é o principal indicador de desempenho industrial apurado pelos chineses.

Conforme o governo, o setor de energia elétrica foi um dos que apresentaram desaceleração no mês passado. O setor cresceu 11,7% sobre julho de 2003. A produção de cimento ficou 11% maior na mesma comparação. No segmento de bens de consumo, o crescimento da produção de telefones celulares desacelerou 4,2 pontos percentuais (pp). Já a variação percentual da produção de televisores caiu 1,9 pp, conforme o The Wall Street Journal.

Entre os setores que ainda apresentam forte ritmo de crescimento, está a siderurgia, cuja taxa de expansão aumentou 6,5 pontos percentuais e puxou a consumo de carvão (alta de 14%) e gás natural, cuja demanda cresceu 16,5% sobre julho de 2003.