Fraqueza: o crescimento do volume de novos pedidos atingiu em maio o ritmo mais fraco nos 15 meses atuais de expansão, com os entrevistados citando as condições contidas do mercado e a instabilidade gerada pelas incertezas políticas (Reprodução/Agência Brasil)
Reuters
Publicado em 1 de junho de 2018 às 11h31.
Última atualização em 1 de junho de 2018 às 11h32.
São Paulo - A fraqueza da demanda e a instabilidade política desaceleram o crescimento da atividade industrial de forma generalizada em maio, atingindo o ritmo mais fraco em 15 meses, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada nesta sexta.
O PMI da indústria apurado pelo IHS Markit caiu a 50,7 em maio de 52,3 em abril, mantendo-se pouco acima da marca de 50 que separa crescimento de contração, com o setor de bens de investimento registrando o pior desempenho.
O crescimento do volume de novos pedidos atingiu em maio o ritmo mais fraco nos 15 meses atuais de expansão, com os entrevistados citando as condições contidas do mercado e a instabilidade gerada pelas incertezas políticas.
Ao mesmo tempo, as vendas para exportação caíram depois de terem aumentado nos últimos dois meses.
Diante desse cenário, a recuperação das compras diminuiu consideravelmente em maio, com sugestões de que os preços elevados dos insumos dificultaram o crescimento. A taxa de inflação alcançou o segundo nível mais elevado desde meados de 2016, em meio ao aumento dos preços dos combustíveis, gás, metais e petróleo.
Isso levou os fabricantes a aumentarem os preços de venda, com a taxa de inflação atingindo em maio pico de 27 meses. Uma das formas encontradas para redução de custo foi evitar a substituição de funcionários que se demitiram voluntariamente.
Os fabricantes continuam esperando que o volume de produção seja maior daqui a 12 meses com esperanças de uma situação política melhor e investimentos maiores. Entretanto, o sentimento positivo diminuiu em maio pressionado pela demanda fraca e por condições desafiadoras do mercado.