Pequim - O setor de serviços da China cresceu no ritmo mais lento em um ano em agosto, mesmo com as empresas contratando mais trabalhadores com salários mais altos, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI) nesta quarta-feira.

O índice do HSBC caiu para 52,0 em agosto ante 53,1 em julho, mas permaneceu acima da marca de 50 que divide expansão de contração.

Um novo subíndice de negócios expandiu no ritmo mais lento desde agosto de 2011, pesando sobre o número final.

Embora o setor de serviços esteja bem melhor do que o vasto setor industrial da China, muitos temem que uma contração na indústria possa afetar os serviços e o comportamento do consumidor.

"A desaceleração no PMI da indústria vai pesar sobre os serviços relacionados à produção. Também, como acreditamos que as vendas no varejo têm uma perspectiva pessimista, os serviços ao consumidor vão desacelerar também", disse à Reuters o economista-chefe do Mizuho Securities Asia, Shen Jianguang.

Por enquanto, a pesquisa de serviços contrasta com o panorama mais sombrio em outros setores. O subíndice de emprego subiu para 52,7, nível mais alto desde novembro, enquanto os preços dos insumos, que refletem os custos trabalhistas, atingiram o maior nível desde maio.

Os serviços respondem por 43 por cento do Produto Interno Bruto da China.

A pesquisa segue-se a duas outras sobre a atividade industrial da China, que mostrou um quadro bem mais pessimista, sinalizando que o ritmo de crescimento na segunda maior economia do mundo vai enfraquecer no terceiro trimestre e possivelmente depois disso.

"Os fornecedores de serviços na China demonstraram otimismo em relação ao panorama de negócios", escreveu o instituto Markit, que compila a pesquisa.

"Também houve relatos de desenvolvimento de mais produtos e planos de expansão de negócios. Entretanto, a extensão do sentimento positivo foi o mais baixo em oito meses, e nulo no contexto de dados históricos."