Economia

Índice de Serviços cai 0,12% em maio, diz Fipe

Em razão da variação negativa de água/esgoto em maio, o grupo Habitação teve baixa de 0,63%, contra retração de 0,09%


	Torneira: recuo do IGS foi puxado essencialmente pela retração de 10,17% em água/esgoto
 (Getty Images)

Torneira: recuo do IGS foi puxado essencialmente pela retração de 10,17% em água/esgoto (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2014 às 17h28.

São Paulo - O Índice Geral de Serviços (IGS) registrou deflação de 0,12% em maio, depois de ter apresentado alta de 0,27% em abril, conforme informou nesta terça-feira, 3, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

O recuo foi puxado essencialmente pela retração de 10,17% em água/esgoto, por conta do desconto de 30% que alguns paulistanos obtiveram em razão da campanha da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) para incentivar a redução do consumo.

Segundo a Fipe, até agora, 35% dos consumidores foram contemplados pela medida, enquanto um total de 70% está fazendo economia de água, mas não necessariamente ganharam o desconto.

Em razão da variação negativa de água/esgoto em maio, o grupo Habitação teve baixa de 0,63%, contra retração de 0,09%.

"Foi devido à deflação em água e esgoto. Não tem nenhum outro serviço se contrapondo", avaliou o novo coordenador do IGS da Fipe, André Chagas.

O economista acredita ser pouco provável que a taxa deste item intensifique a queda e influencie ainda mais o IGS e o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na capital paulista.

"Mesmo que mais municípios que são cobertos pela Sabesp passem a aderir à campanha, não influenciará os índices, que captam apenas os preços na cidade de São Paulo", explicou Chagas.

O IGS de maio ainda contou com a desaceleração da alta dos grupos Alimentação (de 1,54% para 0,72%), Transportes (de 0,30% para 0,18%) e Despesas Pessoais (de 0,86% para 0,34%) na comparação com abril.

Já as taxas dos conjuntos de preços de Saúde (de 0,67% para 0,68%) e Educação (de 0,03% para 0,05%) sofreram pouca alteração do quarto para o quinto mês deste ano.

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