Economia

Índice de alimentos deixa deflação mas não dispara, diz FGV

Em agosto, o Índice de Preços ao Consumidor teve alta de 0,12%, enquanto em julho foi de 0,10%


	Supermercado: preço dos alimentos, que já foi vilão, não tem perspectiva de alta generalizada
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Supermercado: preço dos alimentos, que já foi vilão, não tem perspectiva de alta generalizada (Paulo Fridman/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2014 às 15h18.

Rio - Após duas altas consecutivas num patamar próximo, os preços ao consumidor devem se manter sem forte aceleração, avalia o superintendente adjunto de inflação da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros.

Em agosto, o Índice de Preços ao Consumidor teve alta de 0,12%, enquanto em julho foi de 0,10%.

"A taxa de variação foi quase a mesma, o que é sinal de que não está tendo nenhuma aceleração por conta de aumentos generalizados. O que teve aqui foi uma troca de posições: produtos que voltaram a subir e outros que começaram a cair", diz Quadros.

O preço dos alimentos, que já foi um vilão, não tem perspectiva de alta generalizada.

"O índice (de alimentos) deixa a deflação, mas não vai disparar. Trata-se de uma saída gradativa", afirmou Quadros. Houve alta de 0,13%, puxada pela aceleração dos produtos in natura, após resultado negativo de 0,25% em julho.

As hortaliças passaram de uma deflação de 12,95% para uma menor, de 5,51%. As frutas subiram 0,99% em agosto, após queda de 1,91% em julho.

"Não há um comportamento generalizado dos produtos agrícolas. Os in natura estão subindo, mas os processados ainda não."

Em relação aos preços de vestuário, a queda de 0,50% em agosto é explicada por fatores sazonais, com período de promoções e liquidações que antecedem a troca de coleção.

A expectativa é que no próximo mês, no entanto, esse índice vá para o campo positivo, com a chegada da nova coleção nas lojas.

Acompanhe tudo sobre:AlimentosEmpresasFGV - Fundação Getúlio VargasIndicadores econômicosPreçosTrigo

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto