Indicador econômico: o Iace agrega oito componentes que medem a atividade econômica do país (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)
Agência Brasil
Publicado em 15 de maio de 2018 às 15h48.
O Indicador Antecedente da Economia (Iace) recuou 0,8% entre março e abril, ficando em 116,9 pontos. Das oitos séries de componentes que formam o índice, cinco contribuíram para a queda do indicador. O Iace é divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).
O pesquisador da FGV Paulo Picchetti afirma que o recuo do índice em abril capta o sentimento de frustação em relação ao ritmo da retomada do crescimento. "Somando este resultado à quarta queda consecutiva do ICCE, a probabilidade associada a uma reversão do ciclo elevou-se ligeiramente. Por enquanto, um crescimento da atividade ao longo do ano continua a ser esperado, mas em menor intensidade", disse o pesquisador.
O Iace agrega oito componentes econômicos que medem a atividade econômica do país. Cada um deles busca antecipar tendências econômicas e juntos filtram os chamados "ruídos", colaborando para tendências econômicas mais efetivas.
Os oito componentes do IACE são formadas pela Taxa referencial de swaps DI pré-fixada, do Bando Central; pelo índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo; pelos índices de Expectativa da Indústria, dos Serviços e do Consumidor; todos da Ibre/FGV; pelo índice de produção física de bens de consumo duráveis, do IBGE; pelo índice de Termos de Troca, da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex) e pelo índice de quantum de exportações, da Funcex.
O índice foi lançado em julho de 2013 pela Fundação Getúlio Vargas e pelo The Conference Board, permitindo uma comparação dos ciclos econômicos do Brasil com outros 11 países: China, Estados Unidos, Zona do Euro, Austrália, França, Alemanha, Japão, México, Coréia, Espanha e Reino Unido.