FGV: "A alta está relacionada à nova onda de covid-19 na Europa e nos Estados Unidos e às novas medidas restritiva" (Pedro Zambarda/EXAME.com/Exame)
Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de novembro de 2020 às 10h17.
Última atualização em 13 de novembro de 2020 às 15h19.
O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) subiu 7,6 pontos na passagem de outubro para novembro, para 151,4 pontos mostra a prévia divulgada nesta sexta-feira, 13, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Se confirmada, será a primeira alta do índice após seis quedas seguidas.
A queda de 67 pontos no IIE-Br de maio a outubro devolveu 70% da alta acumulada em março e abril, auge da crise causada pela covid-19. A nova alta apontada pela prévia de novembro estaria associada à pandemia e às incertezas em relação ao equilíbrio das contas públicas, segundo a FGV.
"A alta está relacionada à nova onda de covid-19 na Europa e nos Estados Unidos e às novas medidas restritivas, que põem em xeque as perspectivas sobre o controle da pandemia e a continuidade da recuperação econômica global e brasileira. Em paralelo, os rumos das contas públicas para 2020 e 2021 continuam em aberto, principalmente sob risco de uma segunda onda da doença no país", diz a nota divulgada pela FGV.
O IIE-Br é composto pelo o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA e mede a capacidade de se prever cenários para os próximos 12 meses.
Houve alta nos dois componentes na prévia de novembro. O componente de Mídia subiu 7,4 pontos, para 133,4 pontos, maior nível desde agosto. Já o componente de Expectativas subiu 8,0 pontos, para 202,3 pontos.