Rio de Janeiro - O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina é menor na comparação com o resto do mundo e mantém-se em uma zona desfavorável comparativamente aos outros continentes.
A constatação é do indicador Ifo/FGV de Clima Econômico da América Latina (ICE), elaborado em parceria pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e o instituto alemão Ifo, tendo como fonte de dados a Ifo World Economic Survey (WES).
Enquanto o indicador, divulgado hoje pela FGV, aponta uma taxa de crescimento projetada para o mundo 2,5% em 2014, para a América Latina esta projeção é de 2,3%.
Na avaliação dos técnicos que elaboraram o estudo, o pior desempenho refere-se à taxa de inflação esperada para a América Latina para este ano que é de 10,8%, enquanto que a taxa projetada para o mundo é de apenas 3,2%.
Na América Latina, a Venezuela (55,6%) e Argentina (36,2%) lideram o ranking das maiores taxas de inflação, seguidos do Uruguai (8,4%), da Bolívia (6,7%) e do Brasil (6,4%).
Os dados do estudo indicam, por outro lado, que os resultados continuam favoráveis nos Estados Unidos e na União Europeia e pioram nos mercados emergentes da Ásia.
De uma maneira geral, o ICE mundial ficou relativamente estável ao cair de 114 para 113 pontos entre as sondagens de janeiro e abril.
O levantamento constatou melhora do ICE na União Europeia e nos Estados Unidos, onde as projeções apontam para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,6% e de 2,6%, respectivamente, para as taxas de inflação as projeções apontam taxas relativamente baixas: 1,4% para UE e 1,9% para os EUA.
Para estas regiões, o desemprego continua sendo apontado como o principal problema.
A Sondagem de abril trouxe um cenário relativamente “otimista” para o mundo, com continuidade de recuperação nas economias desenvolvidas do Ocidente, mas ainda com incertezas associadas ao desempenho das economias emergentes da América Latina e também da Ásia.
São estas incertezas que levam a uma ligeira piora no ICE mundial associada principalmente ao desempenho dos principais países asiáticos - China e Japão.
Na China o ICE recuou 18% e no Japão 15%, o que coloca ambos na zona desfavorável.
Nestes países o ICE tem caído sistematicamente desde outubro de 2013.
A Sondagem aponta a desaceleração do crescimento da China e, principalmente, o redirecionamento de um modelo pautado no investimento intensivo em infra-estrutura baseado no estímulo ao consumo doméstico, como fator determinante envolvendo o desenvolvimento econômico dos países da América Latina: “os exportadores de commodities sul-americanas - Brasil, Chile, Colômbia e Peru – são os principais perdedores com esta mudança.
Assim como o número de problemas citados para estes países explicam a avaliação dos especialistas medida pelo ICE, as projeções para a taxa de crescimento econômico do PIB ( a soma de todas as riquezas produzidas) para 2014 também refletem esta avaliação no Continente.
As menores taxas de crescimento são estimadas para Venezuela (onde o PIB deverá cair 1,3%), a Argentina (+0,1%) e o Brasil (+1,7%); e as maiores taxas para Bolívia (6,0%), Peru (5,1%), Paraguai (4,9%) e Colômbia (4,4%).
Quando avalia o grupo de países do BRICs, o estudo indica que apenas a Índia registrou melhora no clima econômico e manteve-se na zona de avaliação favorável.
Após melhorar entre outubro de 2013 e janeiro de 2014, o ICE da Rússia piorou neste último estudo ficando em - 24%, piora que ocorre num período de acirramento das tensões políticas na região. Após a Rússia, o Brasil apresenta o mais baixo ICE entre o BRICS.
Enquanto na China apenas a falta de mão de obra qualificada é citada como um problema muito importante para o crescimento econômico, nos outros países a lista é extensa e inclui desde a “falta de confiança nas políticas do governo”, no caso do BRICs: passando por desemprego (Índia e África do Sul) e falta de competitividade (BRICs); até inflação e déficit público, nos casos do Brasil e Índia.
O estudo concluí que a exceção da China, outros países do BRICs teriam como agenda futura comum “a melhora da competitividade e promoção de instituições associadas a garantia de confiança nos governos”.
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1. 1. Austrália
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1/20 (Todd Warshaw/Getty Images)
Nota: 66,5 Posição no ranking anterior: 7º Destaque (nota acima de 66): Risco legal e regulatório Fraqueza (nota abaixo de 33): Porcentagem da população abaixo dos 30 anos
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2. 2. Chile
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2/20 (Wikimedia Commons)
Nota: 64,5 Posição no ranking anterior: 11º Destaque (nota acima de 66): Política em relação à iniciativa privada e competição Fraqueza (nota abaixo de 33): Assinantes de banda larga por 100 habitantes
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3. 3. China
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3/20 (Getty Images)
Nota: 62,7 Posição no ranking anterior: 20º Destaque (nota acima de 66): Crescimento da produtividade do trabalho Fraqueza (nota abaixo de 33): Crescimento do valor do índice do mercado de ações
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4. 4. Nova Zelândia
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4/20 (Getty Images)
Nota: 62,6 Posição no ranking anterior: 13º Destaque (nota acima de 66): Expectativa de vida escolar Fraqueza (nota abaixo de 33): Pesquisa e desenvolvimento como porcentagem do PIB
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5. 5. Canadá
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5/20 (Wikimedia Commons)
Nota: 62,3 Posição no ranking anterior: 16º Destaque (nota acima de 66): Assinantes de banda larga por 100 habitantes Fraqueza (nota abaixo de 33): Valor de fusões e aquisições internas
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6. 5. Finlândia
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6/20 (Wikimedia Commons)
Nota: 62,3 Posição no ranking anterior: 2º Destaque (nota acima de 66): Crédito ao setor privado como porcentagem do PIB Fraqueza (nota abaixo de 33): Crescimento da produtividade do trabalho
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7. 7. Cingapura
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7/20 (Suhaimi Abdullah/Getty Images)
Nota: 61,9 Posição no ranking anterior: 1º Destaque (nota acima de 66): Taxa de desemprego Fraqueza (nota abaixo de 33): Crescimento do investimento direto interno
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8. 8. Israel
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8/20 (Wikimedia Commons)
Nota: 61,8 Posição no ranking anterior: 8º Destaque (nota acima de 66): Investimento em pesquisa e desenvolvimento como porcentagem do PIB Fraqueza (nota abaixo de 33): Crescimento per capita do consumo privado
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9. 10. Noruega
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9/20 (Getty Images)
Nota: 60,9 Posição no ranking anterior: 14º Destaque (nota acima de 66): Impostos sobre corporações Fraqueza (nota abaixo de 33): Crescimento do gasto em tecnologia da informação
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10. 11. Estados Unidos
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10/20 (Getty Images/Scott Olson)
Nota: 60,5 Posição no ranking anterior: 20º Destaque (nota acima de 66): Valor das fusões e aquisições internas Fraqueza (nota abaixo de 33): Crédito ao setor privado como porcentagem do PIB
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11. 13. Malásia
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11/20 (Lam Yik Fei/Bloomberg)
Nota: 59,5 Posição no ranking anterior: 24º Destaque (nota acima de 66): Crescimento real do PIB Fraqueza (nota abaixo de 33): Assinantes de banda larga por 100 habitantes
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12. 13. Coreia do Sul
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12/20 (Wikimedia Commons)
Nota: 59,5 Posição no ranking anterior: 6º Destaque (nota acima de 66): Taxa de desemprego Fraqueza (nota abaixo de 33): Qualidade do sistema regulatório financeiro
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13. 15. Japão
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13/20 (Keith Tsuji/Getty Images)
Nota: 58,8 Posição no ranking anterior: 25º Destaque (nota acima de 66): Crescimento do investimento direto interno Fraqueza (nota abaixo de 33): Crescimento do valor do índice de mercado de ações
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14. 16. Hong Kong
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14/20 (Ronald Martinez/Getty Images)
Nota: 58,4 Posição no ranking anterior: não estava Destaque (nota acima de 66): Estabilidade política Fraqueza (nota abaixo de 33): Crescimento na taxa de assinantes de banda larga
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15. 17. Alemanha
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15/20 (Adam Berry/Getty Images)
Nota: 57,9 Posição no ranking anterior: 9º Destaque (nota acima de 66): Crédito ao setor privado como porcentagem do PIB Fraqueza (nota abaixo de 33): Peso dos impostos corporativos
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16. 18. Taiwan
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16/20 (Wikimedia Commons)
Nota: 57,7 Posição no ranking anterior: 12º Destaque (nota acima de 66): Acesso das firmas ao capital de médio prazo Fraqueza (nota abaixo de 33): Crescimento da produtividade do trabalho
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17. 19. Tailândia
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17/20 (Wikimedia Commons)
Nota: 56,4 Posição no ranking anterior: não estava Destaque (nota acima de 66): Crescimento real do PIB Fraqueza (nota abaixo de 33): Crédito ao setor privado como porcentagem do PIB
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18. 20. Áustria
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18/20 (Getty Images)
Nota: 55,9 Posição no ranking anterior: 5º Destaque (nota acima de 66): Taxa de desemprego Fraqueza (nota abaixo de 33): Porcentagem da população abaixo dos 30 anos
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19. 42. Brasil
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19/20 (Flickr upload bot / Wikimedia Commons)
Nota: 47,9 Posição no ranking anterior: 31º Destaque (nota acima de 66): Qualidade do sistema regulatório financeiro Fraqueza (nota abaixo de 33): Crescimento do consumo privado per capita
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20/20 (REUTERS/Stringer)