Moedas de euro e bandeira da UE: 15% dos bancos informaram que os critérios criados para empresas que querem contrair empréstimos devem ficar mais rígidos. (©afp.com / Philippe Huguen)
Da Redação
Publicado em 30 de janeiro de 2013 às 11h23.
Brasília - O principal indicador que mede o clima de negócios na zona do euro melhorou ligeiramente em janeiro, segundo dados divulgados hoje (30) pela Comissão Europeia. Apesar da leve recuperação, o indicador de clima de negócios permanece negativo, registrando -1,09 ponto.
Em dezembro do ano passado, a medida econômica registrava -1,11 ponto. Desde setembro essa taxa permanece negativa. A Comissão Europeia não divulga os dados sobre por Estado-Membro.
Na manhã de hoje (30), o Banco Central Europeu (BCE) informou que os bancos da zona do euro sinalizaram com o endurecimento das condições para empréstimos bancários nos próximos meses, mesmo que consigam melhorar o volume de acesso a financiamentos.
Representantes de 131 instituições financeiras que atuam na região responderam ao último levantamento trimestral feito pelo BCE sobre empréstimos bancários. Do total, 15% dos bancos ouvidos informaram que os critérios criados para empresas que querem contrair empréstimos devem ficar mais rígidos já no primeiro trimestre do ano. Em 13%, as regras já tinham sido alteradas no último trimestre de 2012.
Pelo levantamento do Banco Central Europeu, realizado entre 14 de dezembro e 10 de janeiro deste ano, o acesso ao financiamento melhorou no quarto trimestre de 2012 e deverá seguir essa tendência durante os primeiros três meses de 2013. A pesquisa mostra, entretanto, que a procura por empréstimos permaneceu fraca.
Outro estudo sobre a situação econômica e financeira na região mostrou, no início da manhã de hoje (30), que o Produto Interno Bruto (PIB) da Espanha em 2012 deve revelar uma queda de 1,37%. Pesquisadores do Instituto Nacional de Estatística (INE) espanhol apontaram que a queda é resultado de um agravamento da recessão no quarto trimestre de 2012, quando o PIB, que mede o conjunto da riquezas produzidas pelo país, despencou 1,8%.
O estudo do INE aponta que a contração é resultado ainda de medidas para reduzir o déficit fiscal, parte do plano de austeridade implantado no país que prevê aumento de impostos sobre consumo e corte do décimo terceiro salário de trabalhadores.
O cálculo, que ainda é provisório, representa uma estimativa pior do que a apresentada recentemente pelo Banco Central da Espanha, que esperava uma contração de 1,3% em 2012. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, a piora da situação no país é consequência de uma redução no consumo interno, que foi compensada parcialmente pelo aumento das exportações.